sábado, 25 de agosto de 2018

* Piscina perto do Céu

Há pessoas com quem nos cruzamos por diversas vezes e em diversas locais.

Curiosamente, aquela jovem morena parecia estar em todos os locais por onde eu passava, no autocarro, no supermercado, no fast-food… Eu confesso que já receava que ela pensasse estar a ser seguida por mim, face tantos encontros…

Passou o inverno, passou a primavera e os encontros sucediam-se… Ela andava sempre bem vestida, sempre com roupas jovens, sempre na moda. Tantas vezes nos cruzávamos, que já trocávamos sorrisos.

No Verão, quando a cidade fica mais calma, o meu grande amigo Tomás segue sempre em direcção ao Algarve para gerir os seus negócios, deixando-me a chave do seu apartamento. Eu aproveitava sempre para desfrutar da piscina no topo daquele edifício, em Lisboa, no Lumiar.

Aquela piscina estava quase em contacto com o céu, com os aviões que passavam bem perto, na aproximação ao aeroporto da Portela. Era uma piscina praticamente inutilizada pelos condomínios. Ali eu sentia-me livre, e sempre que eu sabia que não estava ninguém por perto, eu adorava nadar nu naquela água. Eu fechava os olhos e flutuava, numa indescritível sensação de liberdade. Sentia-me livre e viajava na minha imaginação.

E num desses momentos de relax, quando abri os olhos, fui surpreendido com uma imagem totalmente inesperada: sentada na borda daquela piscina, estava aquela jovem, a olhar para mim. Quase me afoguei com aquela surpresa, engoli água e fiquei engasgado. Ela saltou para dentro de água e segurou-me.

Fiquei sem saber o que dizer, sai rapidamente da água, tapei-me com a toalha e perguntei: “tu moras aqui?” Ela não morava ali, ela apenas sabia tudo sobre a minha vida, controlava os meus movimentos. Os nossos constantes encontros não eram coincidências. Ela chamava-se Olívia, e pela primeira confessou-me a atracção que sentia por mim. Confesso que fiquei sem palavras. Nunca imaginei que uma mulher me controlasse daquela maneira.

Os olhos dela brilhavam por estar à minha frente, a conversar comigo. Espontaneamente roubou-me um beijo, e puxou-me para dentro da piscina. Os dois corpos caíram dentro de água envolvendo-me no momento.

A toalha que me envolvia caiu, deixando-me novamente nu. Ela decidiu acompanhar-me, mostrando-me o seu corpo dentro de água. Os meus olhos fixaram-se no seu corpo, e o meu corpo reagiu, da forma que ela queria. Abraçámos-mos. Tocamo-nos. Aquele abraço foi acompanhado com beijos e com umas mãos atrevidas. A sua mão desceu as minhas costas, agarrou o meu rabo, tocou-me, agarrou-me. A minha mão sentiu o seu pescoço, o seu peito e desceu pela sua barriga. O meu dedo entrou dentro dela.

Depois daquele jogo dos corpos, ficamos sentados na escada de acesso à piscina. Com os corpos semi-submersos, a Olívia usou a sua língua, lentamente debaixo para cima, apertou-me com a sua mão direita, para de seguida eu encaixar-me dentro da sua boca. Foi impossível resistir à forma como ela me sugou. Não consegui controlar-me.

Eu quis recompensa-la, agarrei-a, e coloquei-a na minha posição. Eu quis que ela também sentisse a minha língua. Comecei no seu pé, calmamente subi a sua perna, pelo seu joelho, na sua coxa, terminando e dedicando-me no ponto-chave do seu corpo. A minha língua foi suficientemente atrevida, com o movimento certo. 

Ela entregou-se ao momento, deliciando-se com aquele momento de prazer. Um grito surgiu em direcção ao céu. Ficamos mais perto do céu.

Foto: Michael A. Keller (Corbis.com)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

* Perola por Lapidar

A Benedita vivia numa aldeia perto de Vila Nova de Foz Côa, e ia se casar no mês de Setembro com um rapaz lá da terra. Para comprar e preparar alguns assuntos, veio passar uns dias a Lisboa, e ficou em casa da tia, a D.Lurdes, a minha vizinha.

A Benedita era uma tímida rapariga do campo, que ficava fascinada com a vida da cidade, com o trânsito, a confusão e o movimento das pessoas. Eu gostava de conversar com ela e sentir as diferenças entre o campo e a cidade. Desta vez, as nossas conversas incidiram sempre sobre o seu casamento.

Tudo iria acontecer na capela da aldeia e o copo de água iria realizar-se no pavilhão da colectividade. Eu, curioso perguntei: “E então a lua-de-mel?” A Benedita respondeu-me: “A Lua de Mel tem de ser muito especial, e ainda não escolhemos bem o sítio, mas estamos a pensar ir para o hotel mais alto da Serra da Estrela, pois quero que a minha primeira vez seja num sítio bem perto das estrelas…

Eu abri a boca e perguntei: “Primeira vez?” Ela corou e respondeu timidamente: “Sim”. Bem, eu percebi que era o seu sonho, mas alertei-a para tudo o que o seu futuro marido poderia querer fazer com ela, logo na primeira noite. Ela ficou assustada, até porque ela nunca tinha mostrado o seu corpo nu a nenhum homem.

Eu de uma forma um pouco atrevida perguntei-lhe: “não queres treinar para que tudo corra bem na tua noite?”. Ela mais uma vez de uma forma tímida, disse-me: “tenho medo que no meu dia, com o nervosismo, tudo corra mal…

Eu disse-lhe: “relaxa… fecha os olhos e imagina que eu sou o teu futuro marido…” Comecei a beijar o seu corpo, beijei a sua barriga e perdi-me no seu umbigo. Perfeito, sensível, que a fez arrepiar. Ter tocado com a minha língua bem no seu umbigo, fez com que a Benedita se entregasse. Senti que aquilo a excitou muito. Ela continuava de olhos fechados, e eu retirei-lhe toda a sua roupa.

UAUUUUU… que corpo perfeito, que fascinante perfeição feminina, em bruto, completamente por explorar como se de uma floresta virgem se tratasse. A Benedita era uma pérola por lapidar. Com uma mulher daquelas, quem se casava com ela era eu…

Com aquele corpo nu, assim mesmo à minha frente, apetecia-me tudo. Voltei a tocar com a minha língua no seu umbigo, e voltei a sentir o seu corpo a entregar-se. Beijei a sua cintura, beijei as suas coxas, beijei os seus joelhos. A Benedita abriu ligeiramente as suas pernas, e eu percebi que aquilo tinha sido uma ordem do seu desejo mais íntimo. Ousei tocar-lhe suavemente.

Aquele simples toque fez sair de dentro do seu corpo uma corrente de excitação. A minha língua tocou-lhe dedicadamente. O toque da minha língua originou um suspiro e um gemido. Estávamos os dois a ficar intensamente descontrolados. A minha língua não parava, e o seu corpo vibrava.

Ela incrivelmente excitada queria tudo. Ela implorou-me ao ouvido: “não pares, agora quero tudo, quero sentir um homem dentro de mim, um homem da cidade, experiente, entra, por favor, penetra-me, usa o meu corpo pela primeira vez, quero ser usada por ti, quero ser experimentada…”

É quase impossível a um homem conseguir resistir a estas palavras suplicadas por uma mulher, mas eu fui forte. Eu sabia que obedecesse aos seus pedidos, ia destruir um dos sonhos da sua vida, que era o facto de casar virgem. Acho que a minha língua lhe ofereceu um orgasmo, mas não tive coragem de perguntar. Penso que ela ficou mais curiosa e mais desejosa do que nunca, ficando ansiosa pelo seu casamento e pela noite de núpcias. Ela prometeu-me contar tudo…

Foto: Laureen March (Corbis.com)

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

* Sorteio de Mulheres

Eu tinha um grande amigo, o Santiago, e a minha namorada a Lídia, tinha uma amiga inseparável, a Sara. Entretanto o Santiago começou a namorar com uma colega, a Olga, e a Sara encontrou o amor com um vizinho, o Diogo.

No meio desta confusão, criaram-se três casais quase inseparáveis, eu e a Lídia, o Santiago e a Olga, e a Sara e o Diogo.

Como todos tínhamos fascínio por viajar, juntávamos dinheiro, e fazíamos duas viagens por ano, uma em Julho e outra em Dezembro. Eram sempre férias divertidas. Em Dezembro escolhíamos uma grande cidade, Paris, Londres, Nova York, e em Junho uma zona mais paradisíaca, Brasil, Republica Dominicana, Canárias

E foi em Porto Galinhas, no Brasil que a Lídia, a Olga e a Sara andavam estranhas, sempre com segredos, pareciam que andavam a preparar alguma coisa. Foi na sexta-feira, no bar junto à piscina que elas tinham tudo preparado. Num saco estavam 3 papelinho e no outro as chaves nos nossos quartos. Cada um de nós tirou uma chave e um papelinho. A mim saiu-me o quarto 211 e a Sara. A Lídia saiu ao Santiago.

Elas preparam tudo para termos uma noite diferente, para fugirmos da rotina, e como a confiança era total entre todos esta troca podia ser extremamente saborosa. Mas elas impuseram uma regra, onde tudo o que acontecesse dentro dos quartos era de sigilo total. As trocas foram feitas logo ali na mesa do bar. 

Eu fiquei logo junto da Sara e aproveitei para lhe sentir o sabor dos seus lábios, sob o olhar do seu namorado. Bebemos mais umas caipirinhas e seguimos bem mais quentes para os quartos.

Saborear o corpo da Sara era algo que eu sempre desejei, por isso tinha de aproveitar esta noite ao máximo, e logo de início prometi-lhe que não iríamos dormir. E assim aconteceu, foi uma noite devastadora. A Sara transbordava desejo pois queixava-se de o Diogo ser pouco activo e querer sempre na mesma posição.

Eu fiz-lhe a vontade. O corpo da Sara nos meus braços, girou, rodou e rodopiou sempre comigo lá dentro. Ela estava louca com tantas alternâncias, e dizia que cada uma tinha efectivamente um sabor especial. 

Aquela pele morena com o Sol do Brasil estava a deixar-me louco, e o prazer era algo que estava a parecer de uma forma intensa. Cada orgasmo era apenas um sinal de descanso.

Depois de uns minutos de pausa, para recuperar o fôlego, invertíamos a posições e colocávamos a nossa língua em actividade simultânea Era delicioso sentir aquela mulher voltar à vida, para agora ser ela a escolher a posição em que me queria sentir. Ela adorou estar por cima e dominar o meu corpo.

Controlar a profundidade de cada penetração. Adorou saltar em cima de mim. Ela estava louca, descontrolada e caminha para a exaustão total, com saltos intenso e grandioso com penetrações totais, dando origem a um gigante e vibrante terramoto de prazer.

E depois de mais uma recuperação de língua, a terceira vez foi mais calma, mais lenta, mais saborosa, mas com um sabor incrível Eu sentia que o corpo dela já aceitava tudo, ela parecia preparada para tudo, e o ultimo orgasmo surgiu com o nascer do Sol. Os nossos corpos ficaram totalmente exaustos sem reacção.

E foi nesse momentos que nos lembrámos, de como terá sido a noite dos nossos companheiros? Será que o Diogo manteve o seu habitual perfil de descrição? Será que a Lídia libertou com o Santiago todo o seu espírito de loucura e aventura como gosta de libertar comigo?

Não sei o que terá acontecido nos outros quartos, o que é certo é que aparecemos todos para o pequeno-almoço, a abrir a boca e cheios de sono, e com umas terríveis olheiras. Acho que aquilo foi a prova que foi uma noite intensa e saborosa para todos.

Foto: moodboard (Corbis.com)

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

* Festival Sudoeste

Esta história aconteceu no ano passado, quando decidimos ir até à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, para curtir os dias do Festival do Sudoeste. 

O dinheiro era pouco, fizemos umas sandes e arranjamos uma tenda pequena mas onde cabíamos os quatro. Éramos dois casais, eu levei a minha namorada, a Vânia, e foi também um casal nosso amigo, o Zeca e a Simone.

Foi muito bom estar ali mesmo em frente às grandes bandas internacionais do momento. Eram milhares de pessoas de todos os estilos, mas tudo num convívio saudável e alegre. Na primeira noite, depois dos concertos, ficamos na conversa madrugada dentro.

Estávamos a ficar exaustos e decidimos entrar na tenda para dormir. O espaço era pouco, ficamos os quatro muito apertados. Fiquei deitado no meio, entre as duas mulheres. A minha namorada, a Vânia, como sempre, mal se deitou, adormeceu como uma pedra.

O Zeca ressonava, que era uma coisa que me incomodava bastante. Eu quase não consegui mexer-me, e estava verdadeiramente arrependido por não ter trazido outra tenda. A Simone estava de costas para mim, mas senti que também estava acordada.

Coloquei o braço em cima do corpo dela. Ela virou-se para mim, com os olhos muito abertos e com ar de indignação, e eu sem a deixar respirar dei-lhe um demorado beijo na boca. 

Não sei o que me deu, tinha a minha namorada a dormir mesmo ao meu lado e nunca tinha olhado para a Simone com qualquer segunda intenção, mas naquele momento tive aquele impulso masculino. Ela não me rejeitou…

Ficamos olhos nos olhos, em silêncio total, numa simples brincadeira de língua com língua. A indignação passou-lhe, até porque percebi que ela estava a gostar da brincadeira. A minha mão foi atrevida e desceu pelo seu corpo sem qualquer oposição. Tocou-lhe no peito, percorreu-lhe o umbigo, acariciou a cintura…

Entrei dentro da cueca dela, passei por uma zona bem preenchida de pêlos e descobri algo que estava já a fervilhar, mas não entrei. Fiquei apenas a passear o dedo indicador, lenta e suavemente pela entrada, em círculo. Os olhos dela brilhavam cada vez mais e a sua respiração acelerava.

Subitamente, o meu dedo entrou dentro dela e via-a a morder fortemente o lábio debaixo. Todos os movimentos que o Zeca e a Vânia faziam enquanto dormiam faziam-nos parar.

Eu entrava dentro dela de uma forma profunda mas bem lenta, e sem reservas, decidi colocar mais um dedo, e assim passaram a ser dois. A mão dela também entrou dentro dos meus calções e agarrou-me. Tudo discreta, calma e silenciosamente. 

Fizemos aquele jogo de mãos prologar-se quase até nascer o dia. Continuávamos em silêncio profundo, e o único barulho que se ouvia, era o mexer dos meus dedos no seu corpo.

Estava óptimo e mesmo sem eu alterar aquele ritmo, senti a sua mão apertar-me com mais força, senti o seu interior a tremer, a vibrar, os seus olhos reviraram-se, pedindo para manter aquele ritmo, que ela sentia ser perfeito.

Logo de seguida, ela pediu-me para tirar a mão, pois estava verdadeiramente satisfeita. Ela agora queria realizar-me, e o clima estava tão quente que não foi preciso ela esforçar-se muito para sentir escorrer todo o meu prazer nos seus dedos. Foi um prazer incrivelmente arriscado.

Depois daquela primeira noite, passamos os restantes dias do festival em constantes provocações e insinuações. Aquela noite criou entre os dois, uma terrível sensação de curiosidade e desejo… eu queria entrar dentro dela, mas de outra maneira… e toda a descrição e o perigo que estava em jogo, deixava tudo muito mais saboroso… o que mais iria acontecer???

Foto: Ant Strack (Corbis.com)


sábado, 4 de agosto de 2018

* Amigos de Verão

Todos os anos, os meus primeiros doze dias do mês de Agosto, eram passados num Parque de Campismo no Alentejo, junto à praia. Íamos em família, mas fazíamos sempre amigos. 

Formei um grupo de 3 rapazes e 3 raparigas, de zonas distintas do país, e aproveitávamos estes dias inicialmente para brincar, e agora que já éramos mais crescidos, para nos divertir. Eu chamava-lhe “Amigos de Verão”, pois durante o resto do ano, raramente nos falávamos.
Este ano, depois do jantar, o nosso encontro era no antigo restaurante do parque, que tinha sido encerrado, e estava abandonado. Logo no primeiro dia, o Gustavo e o Salvador, descobriram uma entrada pelas traseiras, numa parede que estava partida. Se o dia era passado na praia, a noite foi sempre passada naquele edifício.

Nós já estávamos crescidos, e as brincadeiras dos anos anteriores já não faziam sentido. Nós ficávamos a conversar sobre tudo, mas invariavelmente, o tema das conversas acabava por ser sexo. Estávamos numa idade onde as nossas hormonas ferviam, e depois de um dia na praia, tudo ainda parecia mais activo. 

De noite para noite, aumentava o desejo, e parecia que queríamos que acontecesse qualquer coisa. A Maria João, a Eva e a Constança estavam cada vez mais desinibidas.

Na noite seguinte, aconteceu o primeiro jogo ousado entre todos. Descobrimos que uma das paredes tinha um buraco, e o Salvador lançou a ideia: “eu tenho uma coisa que cabe aqui…”, lançando a gargalhada colectiva, mas foi isso mesmo que aconteceu, os rapazes ficaram de um lado da parede e as raparigas do outro. Excitados, um de cada vez, ocupou aquele buraco. 

Do outro lado elas riam-se, e sem saber, cada uma ficou com um. Elas tocavam, acariciavam, beijavam, lambiam, chupavam e metiam tudo dentro da boca.

Eu não sei qual das mulheres me tocou, mas foi carinhosa, mexendo-me na pele, puxando-a para trás e deixando-me a descoberto. Ela, repetindo este movimento vezes sem conta, e cada vez mais rápido, conseguiu assistir ao meu orgasmo do outro lado da parede. 

Isto foi o que aconteceu com os três, sem saber qual das mulheres nos mexeu. Elas também não sabiam em quem tinham mexido, e isto aumentava a curiosidade.

Na noite seguinte, uma das garrafas que estava perdida na velha cozinha, serviu para ditar o jogo. Nessa noite, elas queriam ser compensadas do prazer que tinham oferecido na noite anterior, e os três rapazes foram vendados, e as raparigas escolheram-nos, rodando a garrafa. 

Mais uma vez, não sabia quem era ela, pois eu estava vendado, e a regra era elas não poderem dizer uma única palavra, para não serem descobertas.

Elas podiam fazer o que quisessem de nós, e eu desconfiava que tinha ficado com a Maria João. Ela levou-me para um canto da sala. Perdemo-nos em beijos quentes, molhados e demorados. 

A mão dela dava-me instruções, indicando o que queria sentir. Mexi-lhe no cabelo, beijei-lhe o pescoço e sussurrei-lhe ao ouvido: “deixas-me louco… quero o teu corpo… levas-me à lua”

Coloquei a minha mão no seu peito, encostei-a à parede e beijei-a. A minha mão entrou dentro dos seus calções, e senti que era uma mulher totalmente depilada. O meu dedo tocou-lhe e senti-a viva, quente, molhada. O meu dedo ali caminhou, calmamente, sentindo-a suave. 

Eu queria entrar ali, e foi isso que lhe disse ao ouvido: “quero entrar aqui… quero penetrar-te… “ e o meu dedo acabou por entrar ligeiramente dentro dela.

Mas eu queria mais… eu queria entrar com tudo dentro dela, eu estava excitadíssimo. E foi neste momento que ela se afastou ligeiramente, e eu percebi que ela se tinha ido embora. Tirei a venda, mas não vi ninguém em meu redor… Ela tinha mesmo desaparecido.

Eu estava louco, a morrer de desejo e ela desaparece? Isto não se faz… Deliciei-me sozinho, chupando aquele dele húmida, que tinha ficado como lembrança dela. Qual delas seria? E qual será o jogo da próxima noite. As noites estavam cada vez mais quentes… e deliciosas…

Foto: Laura Doss (Corbis.com)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

* Calor Alentejano

Finalmente consegui comprar a mota dos meus sonhos, um clássico, uma Vespa de 1962, vermelha, linda. 

Orgulhoso com aquele exemplar, meti-me à aventura, e de forma solitária, decidi ir pela primeira vez à concentração motard de Faro. Parti três dias antes, e decidi percorrer as zonas mais ocultas e selvagens do Baixo Alentejo, até chegar a Faro. 


Estava a ser fantástico desfrutar daquelas paisagens, com planícies repletas de Sobreiros e Oliveiras, debaixo de um calor que praticamente atingia os 40 graus. 

Naquela tarde, depois de ter comido uma deliciosa Carne de Porco à Alentejana, em Mourão, continuei a viagem rumo a Sul, e numa estrada secundária, e praticamente deserta, a minha mota parou.

A elevada temperatura, provavelmente provocou algum sobre aquecimento na mota. E agora? Para piorar as coisas, naquele local, não existia rede de telemóvel. 

Fiquei sentado na berma da estrada, à espera que alguém passasse por ali, mas o tempo passava e nada, até que ao final de vinte minutos, vejo ao longe, a vir na minha direcção, um Fiat Uno branco antigo. 

Coloquei-me no meio da estrada, e o carro quando chegou junto de mim parou, e eu pedi ajuda. Era conduzido por uma rapariga, que me indicou que a aldeia mais próxima, onde existia um mecânico ou rede de telemóvel, ficava a 10 km de distância, mas ela ofereceu-me boleia.

Era simpática, e apesar ter um ar citadino, e de se ter licenciado em Lisboa, quis regressar para a sua terra de origem para ajudar a trazer desenvolvimento e progresso para uma zona que estava cada vez mais esquecida, além disso, ela confessou que detesta viver longe do cheiro natural do Alentejo. A conversa estava interessante, mas aquele carro antigo também não resistiu ao calor, acendeu uma luz vermelho no tablier e acabou por parar, ficando a deitar muito fumo do motor… e agora?

A Adélia disse logo que o melhor era ir a pé até à Aldeia, pois ninguém passava naquela estrada, e seria perder tempo ficarmos ali parados. Lá fomos nós a conversar por aquele atalho, dentro de uma grande quinta, passando no meio do gado e grandes plantações de Oliveiras. 

A meio do caminho, encontramos dois lagos fantásticos, desnivelado, um a uma cota mais alta do que o outro, existindo uma queda de água entre os dois. Era água originária da Barragem do Alqueva, para rega das plantações daquela propriedade.

Adélia não resistiu, e disse que iria se refrescar. Mesmo vestida, mergulhou dentro daquela água cristalina, e gritou: “Adoro sentir e usufruir o meu Alentejo… Vem, salta, vem senti-lo também”. Baixei as calças, despi a t-shirt, e sem qualquer roupa, mergulhei… Sem dúvida, foi uma sensação deliciosa, refrescar-me daquela maneira. Aquela mulher começou a brincar, atirando água na minha direcção, e eu respondi do mesmo modo. 

Acabamos por nadar os dois, até à queda de água, para sentir a força da água, a bater nos nossos corpos. Ela começou-se a rir, pelo facto de eu estar totalmente sem roupa, mas acima de tudo, pelos efeitos que a água fria me tinha provocado. Eu fiquei corado, envergonhado, e sem saber o que dizer…

Ela em tom de brincadeira disse: “Aqui no Alentejo são todos muito maiores, mas eu tenho fama de feiticeira, e se lhe tocar ele vai crescer e ficar enorme…”. No meio de uma gargalhada, ela agarrou-me com força. O meu corpo reagiu de uma forma que a deixou de boca aberta. A sua mão, surpreendida com a minha reacção, começou com um movimento calmo e sereno, que me deixou descontrolado. 

Beijei-a de forma intensa, e os nossos corpos colaram-se. Com a água a cair nas nossas cabeças, o desejo que sentíamos um pelo outro aumentava a cada minuto que passava. Sem lhe tirar a roupa, a minha mão desviou a sua roupa interior, e o meu dedo entrou dentro do seu corpo. Ela suspirou de forma intensa, com uma respiração descontrolada.

Dentro daquela água fria, entrei num quente e delicioso paraíso. Ela, deliciada, impôs o ritmo, acabando de vez com a fama dos alentejanos serem lentos. Foi a mulher mais forte e intensa que conhecia. Foi fantástica a forma como aquela mulher me recebeu dentro de si, vibrando e fazendo-me sentir todos os cantos e recantos do seu interior. Pela primeira vez na minha vida, e de forma totalmente inesperada, senti o verdadeiro e saboroso prazer, com sotaque alentejano.

Foto: Creasource (Corbis.com)

segunda-feira, 25 de junho de 2018

* Dupla de São João


Eu adorava a cidade do Porto, e como o meu amigo Gonçalo estava a estudar na Faculdade de Belas Artes da cidade, eu aproveitei a semana do S.João, para o visitar e para sentir o verdadeiro espírito da noite de festa na cidade.


A sua casa, junto à Av. Aliados, tinha uma vista fantástica sobre o Rio Douro. Logo no dia em que cheguei, o Gonçalo pediu-me o favor de receber uma colega de Faculdade que ia fazer um trabalho de grupo com ele, pois ele tinha uma entrevista de emprego e ia atrasar-se um pouco. E às 15h em ponto, chegou a Martina, baixinha, morena, olhos escuros, com um ar simpático mas com um olhar tímido. Sentou-se na mesa da sala, e começou a preparar o trabalho. 

Eu não gosto de ambientes silenciosos e comecei a conversar com ela. Inicialmente ela dava-me respostas curtas e directas, mas com a minha insistência mergulhamos numa conversa bastante interessante, e eu adoro mulheres mais jovens do que eu, com conversas interessantes e inteligentes.

Acabei sentado ao seu lado, e enquanto ela falava, ousei desviar-lhe o cabelo, e cheirar o seu pescoço. Senti que aquilo a perturbou. Com a voz trémula e nervosa ela disse:”é melhor não…”. Eu não consegui parar, e toquei-lhe com a minha língua no seu pescoço. Ela rendeu-se, e não disse mais nenhuma palavra. 

A minha língua continuou a tocar suavemente na sua pele, fazendo o arrepio percorrer todo o seu corpo. Ousei tocar-lhe no peito, e desviando-lhe a roupa, molhei o bico daquele pequeno mas perfeito peito, com uma língua que estava louca por lhe tocar, suavemente em movimentos circulares, em todo o seu redor.

E foi nessa altura que chegou o Gonçalo, e se deparou com aquele cenário na sua sala, e disse: “xiuuuu… não digam nada… vamos continuar…” Vamos continuar? Sim, o Gonçalo é um moreno sedutor que deixa as mulheres loucas, e muito provavelmente a Martina também tinha um fraco por ele. E foi assim, que o corpo pequeno e aparentemente frágil daquela jovem, foi sendo tocado suavemente pelas nossas duas línguas simultaneamente, uma língua no peito, outra na barriga, outra no umbigo, outra na sua perna, outra no seu pescoço, outra no joelho, outra em cima do tecido húmido e quente das suas cuecas…

Ela estava de olhos fechados a saborear aquele momento, e depois de lhe tirarmos toda a roupa, levamos aquele corpo quente e perfumado para a cama do Gonçalo. Eu tive o prazer de levar aquele corpo nu nos meus braços, como se tratasse de uma bandeja, pronta a ser servida. 

Eu e o Gonçalo também tiramos a nossa roupa, e estávamos preparados para dar início a uma ceia divinal. Eu fiquei admirado com o tamanho exagerado que o Gonçalo pousou nos lábios dela, e eu, calmamente com os dedos, abri o seu “cofre” rapadinho, e fiz a minha língua percorrer o seu leito quente e húmido, incrivelmente saboroso.

A Martina sugava o Gonçalo calmamente, aproveitado para saborear tudo o que entrava na sua boca. Eu, sentindo o seu corpo preparado, encaixei-me nele, de uma forma deliciosamente profunda. Dei-lhe tudo, primeiro calma e suavemente, mas depois bem forte, e era assim que ela queria, forte, de forma a sentir as minhas “bolinhas” bem cheias, a bater no seu corpo. De seguida, eu troquei com o Gonçalo, e ela gritou ao sentir algo tão grande dentro de sim, enquanto chupava o seu sabor, que eu recolhi no seu interior.

Mas foi naquele momento, que mesmo dentro dela, o Gonçalo parou, chamou-me, e disse para eu me colocar no único sítio que ainda não tinha sido preenchido no corpo da Martina. Com calma, sem pressa e muito cuidado, coloque inicialmente um dedo. Não sentindo qualquer resistência, preenchi com toda a minha tesão aquele recanto apertado, deixando aquela jovem com ar inocente duplamente preenchida. 

Ela estava louca, e os movimentos masculinos pareciam articulados, pois quando um estava a entrar, ou outro estava a sair, causando no seu corpo, um duplo impacto de prazer. Ela era pequena mas incrivelmente resistente, e deliciava-se profundamente com a intensa penetração de dois homens…

O Gonçalo não resistiu, e depositou um forte jacto dentro do seu corpo, e eu mais resistente, quis presentear aqueles doces lábios com tudo o que saiu de mim. Ela lambuzou-se de prazer, com um brilho no olhar próprio de uma mulher realizada. 

Eu adoro mulheres do Norte, são fogo, são loucura, são tesão, são prazer… e a Martina é um feroz exemplo de prazer… eu queria uma mulher como ela só para mim, e por ela eu começava uma vida nova… Faltavam 3 dias, e eu convidei-a para festejar comigo a noite de S.João …

Foto: KG-Photography (Corbis.com)

quarta-feira, 20 de junho de 2018

* Fantasia de Noiva


Vivia-se o espírito do São João na cidade invicta, e foi na multidão que reencontrei uma estrela especial da minha vida, a Maria. Aquele rosto e o brilho dos seus olhos castanhos são coisas que a minha memória não esquece. Ela estava incrivelmente alegre num grupo de amigas. A noite era de festa. Tentei aproximar-me mas não tive coragem para fazer uma abordagem, eu era mais velho do que ela, e tive medo da rejeição. Confesso ter sentido borboletas na barriga. Sempre adorei o seu cabelo escuro, nos seus ombros. Lembro-me perfeitamente dela no meu passado, com o seu ar adolescente em Portalegre, e agora era uma mulher, mais apetecível do que nunca. 


Os olhares acabaram por se cruzar, sentimos a atracção mas faltaram as palavras. Ela tentou evitar aquele reencontro, mas a multidão empurrou-me, e ficamos frente a frente. Foi inevitável, e quase ficamos esmagados, com os típicos martelos a bater-nos nas cabeças, mas eu falei: “olá, és a Maria não és?”…a troca de palavras foi muito breve e foi interrompida pelas amigas que queriam voltar para casa… a noite já ia longa e o álcool já fazia os seus efeitos sobre elas…

Ela desapareceu na multidão. Eu queria voltar a vê-la, queria voltar a falar com ela, e quando cheguei a casa tentei descobri-la no Facebook. Bingo!! Encontrei… Convidei-a como amiga, e passei o resto da noite a ver as suas fotos. Fiquei deliciado. Descobri que ela estava no Porto com um grupo de amigas na sua despedida de solteira, para desfrutar da cidade. Ela estava noiva. 

Decidi enviar-lhe uma mensagem privada de parabéns, mensagem que ela respondeu de imediato. Ficamos online a trocar mensagens, a conversar e a desvendar as nossas vidas… Acabei por desvendar-lhe e o meu desejo secreto por si. Trocamos provocações subtis mútuas. Ousei convidá-la para lanchar em minha casa naquela tarde. Ela aceitou e sentiu que o meu convite não foi inocente. Ela estava comprometida, mas secretamente confidenciou o desejo de voltar a viver um momento puro de sexo, de sentir uma novidade no seu corpo. Sentir uma inesperada adrenalina. Sexo por sexo.

A sua estadia no Porto estava por horas, mas antes de regressar a Portalegre existia um ponto de paragem que se tornou obrigatório, a minha casa, num prédio recuperado na zona histórica do Porto, lindo e cheio de história. Eu aguardei ansiosamente a sua chegada e o meu coração quase explodiu quando a Maria tocou à campainha. Ela surgiu à minha porta, com um vestido negro, onde eram visíveis as ligas nas suas pernas. Sedutora. 

A porta abriu-se e ela passou a mão no meu rosto, e sentiu a minha barba de dois dias. Os sorrisos foram tímidos, mas denotavam sedução. Guardei o seu casaco e a sua mala, e mostrei-lhe a mesa na varanda, preparada para o nosso lanche, com vista para o Douro. Os scones estavam quentes. A nossa conversa parecia infinita confessando desejos do passado. Os meus olhos pararam muitas vezes no anel que ela tinha no dedo. Trocamos um meigo e carinhoso abraço. Senti-a frágil… e senti o seu coração a bater forte no meu peito.

Ela estava noiva, mas quis entregar-se. Beijei-lhe o pescoço demoradamente. Ela derreteu-se. Passado tanto tempo, realizei um desejo antigo ao sentir o delicioso sabor dos seus lábios. Ela continuava rendida à força masculina dos meus braços, enquanto as duas línguas se tocavam. Um momento demorado de partilha difícil de descrever. As minhas mãos tiram-lhe o vestido, comprovando a sensualidade do seu corpo feminino, numa lingerie negra. 

Deliciei-me com aquela imagem. Acariciei-a, tocando-lhe na sua pele e sentindo o seu arrepio. Ela queria as minhas mãos no seu corpo. Ela estava rendida, e antes que a Maria tivesse tempo de pensar ou desistir daquela loucura, eu senti a sua intimidade, e de uma forma vigorosa entrei dentro do seu corpo. Foi perfeita a sensação de sentir-me dentro dela. Ela era incrivelmente tenra.

Ela entregou-se de uma forma indescritível, e eu adoro mulheres que se entreguem assim… foi explosivo! Nós saciamos um desejo antigo, uma fantasia secreta, que se transformou num prazer único. Ela apertou-me no seu interior, e eu não queria sair, preenchendo-a por completo. Permaneci profundamente no seu corpo.

Acho que acabamos por perder a noção do tempo e da loucura, e o nosso prazer não se esgotava. Eu não conseguia sair de dentro dela. Fiquei com inveja do homem que ia casar com ela… Quando ficamos totalmente rendidos e exaustos, decidimos que seria melhor tentar esquecer tudo o que tinha acabado de acontecer, mas certamente esta seria uma promessa impossível de realizar…

Foto: Autor desconhecido

domingo, 17 de junho de 2018

* Tantricamente Perfeito


Todos nós temos uma imagem imaginária da pessoa perfeita, do rosto ideal e do corpo que imaginamos, e eu incrivelmente consegui encontrar essa pessoa, num concerto, em Lisboa.


Estava exactamente ao meu lado, pele muito branca, cabelo negro, olhos escuros, peito pequeno e vestida de preto. Com aquela mulher ao meu lado, eu não consegui estar concentrado no espectáculo, e estava sempre a olhar para o lado.

Tanto olhei, que consegui meter conversa com ela. Chamava-se Ana, era mais nova do que eu três anos, e tinha vindo sozinha do Porto, de comboio, para assistir a este concerto. Ela tinha uma voz meiga, e um sorriso constante no rosto. Eu pouco sabia dela, mas eu queria conhece-la. Era discreta na multidão, mas com um brilho ofuscante para o meu olhar.

No final do concerto, fiz questão de acompanha-la até à Gare do Oriente, e esperar pela chegada do comboio. Trocamos número de telefone, e assim que o comboio arrancou em direcção ao Norte, eu liguei-lhe, e a minha voz fez-lhe companhia durante toda a viagem. 

Eu estava perdido, enlouquecido, desvairado por ela. Eu estava a sentir o verdadeiro poder da atracção, e a viver um amor à primeira vista.

Durante aquela semana, continuamos as nossas conversas, trocamos fotos, como se fossemos grandes amigos, a afinidade entre os dois era total, e no fim-de-semana seguinte, eu tinha de estar novamente com ela, e viajei até à cidade do Porto.

Foi um fim-de-semana perfeito. Demos o primeiro beijo no topo da Torre dos Clérigos, vimos o por do Sol no Castelo do Queijo, e passamos uma noite deliciosa num hotel requintado, na zona da Ribeira. O céu estava lindo, e o brilho das estrelas adivinhava uma noite de sábado inesquecível...

No quarto daquele hotel, a Ana revelou-se de uma forma incrível, pois com a sua lingerie negra que fazia um delicioso contraste com a sua pele muito branquinha, ela ditou as suas regras, tudo tinha de ser demorado, lento e incrivelmente intenso. 

Para ela, uma ejaculação era um desperdício de energia, por isso eu tinha de controlar-me, e tentar adia-la ao máximo. Nós os dois começamos com uma fase de adoração mutua dos nossos corpos, com toque, carinho, ternura e sedução.

A primeira vez que entrei no seu corpo, foi de uma forma controlada, não entrando mais de dois centímetros. Esta sensação de pequena penetração prolongou-se por vários minutos. Foi difícil controlar, pois eu tinha um forte desejo de meter tudo dentro de si. 

Eu queria encaixar-me dentro dela. Mas este foi apenas o primeiro passo, pois logo de seguida iniciamos todas as posições inscritas nos manuais de sexo tântrico.

Ela sabia perfeitamente o que fazia, mas eu estava louco, e quase sem capacidades para resistir aquela tortura. Como é que um homem consegue aguentar três horas de tesão, sedução e erotismo, sem atingir um orgasmo? 

O que é verdade é que aguentei, de uma forma quase impossível, acabando por atingir um hiperorgasmo, provavelmente o mais forte momento de prazer da minha vida. Foi incrivelmente intenso e delicioso.

Foi uma noite sem dormir, porque depois de tudo o que aconteceu, o carinho mútuo prolongou-se até nascer o sol. A Ana era tudo o que eu queria para mim, tinha tudo de bom, tudo o que eu sempre sonhei, e proporcionou-me um prazer inesquecível.

Fiquei doido, descontrolado e irracional. Pela primeira vez senti-me totalmente dominado por uma mulher, e eu estava pronto a mudar a minha vida… bastava ela pedir na sua pronúncia do Norte… eu pela primeira vez estava disposto a fazer tudo por uma mulher…

Foto: Peter M. Fishe (Corbis.com)

domingo, 10 de junho de 2018

* Cinderela Militar


Alfama estava ao rubro naquela noite quente de Santo António. No ar pairava o cheiro a sardinhas e manjericos, misturada com a tradicional musica popular. Foi no meio daquela multidão que circulava e dançava pelas ruas daquele bairro típico de Lisboa, que me cruzei com a Margarida.


No meio de tanta gente e naquela euforia, que acabamos sempre por trocar dois passo de dança com uma desconhecida, no entanto a Margarida tinha uma atitude especial, uma personalidade forte, parecia uma mulher de armas. Foi ficando sempre como minha companheira de dança. 

Dançamos incrivelmente ao som de Quim Barreiros e de Emanuel. Estávamos radiantes a viver aquela típica noite lisboeta. Criamos uma estranha afinidade que decidimos aproveitar, com um tímido e simples tocar de lábios. Foi um beijo simples mas especial.

No entanto, à meia noite quando tocou o sino de uma igreja ali próxima, ela olhou para mim e disse: “-Meia noite? Tenho de me ir embora… Adeus…” Eu em tom de brincadeira perguntei-lhe:”- Embora porquê? A tua coche vai se transformar novamente numa abóbora? Lol”… Ela sorriu, mas nem me respondeu e começou a correr pela rua abaixo, deixando cair a pulseira que trazia no seu braço. 

Impulsivamente, agarrei aquela pulseira e corri atrás daquela jovem, sem nunca a consegui alcançar. Ela era rápida, no entanto consegui sempre controla-la à distancia e reparei que ela entrou num navio da marinha portuguesa que se encontrava estacionado entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco.

Irreflectidamente entrei dentro daquele barco para a tentar encontrar, e logo à entrada quando ela me viu disse-me: “-És louco? Que fazes aqui? Ninguem te pode ver aqui senão vamos ter problemas…” e abriu uma porta de um pequeno compartimento e disse que eu não poderia sair dali até novas ordens, senão eu poderia estar tramado por invadir um navio militar. E ali fiquei fechado, totalmente às escuro, num espaço muito pequeno, e onde apenas conseguia ouvir as conversas de quem passava no corredor do navio.

Passado algum tempo, deixei de ouvir qualquer tipo de barulho e o navio ficou em silencio. Foi ai, que alguém abriu a porta daquele pequeno compartimento, e eu um pouco assustado perguntei: “-quem és?” Apenas ouvi: “xiuuuuuuu”. Fiquei ainda mais nervoso quando senti umas mão a tocarem-me no corpo. Eu não conseguia ver nada, era como se estivesse vendado. Quem estaria ali? A Margarida? Outra mulher? Ou seria um homem? Um marinheiro gay?

Passei com a mão no rosto e senti uma pele suave e sussurrei: ”-És tu, não és Margarida? A minha Cinderela?” Mas mais uma vez apenas ouvi de resposta um “xiuuuuuuu….” Mas eu não tive duvidas, quando meu meu dedo sentiu um pequeno sinal que ela tinha no rosto, junto do nariz. 

E foi naquela escuridão total que começamos a cometer um grave crime militar. Foi um crime sem imagem, e com muito pouco som, o som da troca de prazer, do entrar e sair de dentro de um corpo feminino, que fervia de vontade de me sentir lá dentro. O doce ruido da intensa troca de fluidos entre dois corpos excitados. 

Ela com o rabo bem empinado na minha direcção, e eu com as minhas mãos na sua anca, originavam a minha penetração no mundo militar, e que incrivel e perfeita penetração. Sempre que senti a sua respiração mais descontrolada ou ofegante, correndo o risco de sermos ouvidos, eu parava, deixado sempre aquele corpo completamente preenchido.

Ouvir aquela mistura de pequenos ruídos bem ritmados, misturado com todas as sensações de um ambiente húmido mas quente que sentíamos na pele, foi a chave daquele escuro prazer. Debaixo do mais intenso sigilo militar, entreguei-lhe o meu secreto tesouro bem dentro do seu corpo, para ela o poder guardar dentro de si religiosamente. Foi perfeito, excitante e maravilhoso, ficar a conhecer desta forma todos os encantos da Marinha Portuguesa. 

A Margarida foi uma incrível anfintriã, que soube guardar na perfeição tudo dentro de si. Eu fiquei com vontade de mais, de a conhecer melhor e de voltar a saborear e sentir aquele corpo. 

Este primeiro contacto abriu-me o apetite para muito mais, mas agora tínhamos um grave problema para resolver. Como é que eu ia conseguir sair daquele navio sem ser visto?

Foto: _ (Corbis.com)