sexta-feira, 10 de agosto de 2018

* Festival Sudoeste

Esta história aconteceu no ano passado, quando decidimos ir até à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, para curtir os dias do Festival do Sudoeste. 

O dinheiro era pouco, fizemos umas sandes e arranjamos uma tenda pequena mas onde cabíamos os quatro. Éramos dois casais, eu levei a minha namorada, a Vânia, e foi também um casal nosso amigo, o Zeca e a Simone.

Foi muito bom estar ali mesmo em frente às grandes bandas internacionais do momento. Eram milhares de pessoas de todos os estilos, mas tudo num convívio saudável e alegre. Na primeira noite, depois dos concertos, ficamos na conversa madrugada dentro.

Estávamos a ficar exaustos e decidimos entrar na tenda para dormir. O espaço era pouco, ficamos os quatro muito apertados. Fiquei deitado no meio, entre as duas mulheres. A minha namorada, a Vânia, como sempre, mal se deitou, adormeceu como uma pedra.

O Zeca ressonava, que era uma coisa que me incomodava bastante. Eu quase não consegui mexer-me, e estava verdadeiramente arrependido por não ter trazido outra tenda. A Simone estava de costas para mim, mas senti que também estava acordada.

Coloquei o braço em cima do corpo dela. Ela virou-se para mim, com os olhos muito abertos e com ar de indignação, e eu sem a deixar respirar dei-lhe um demorado beijo na boca. 

Não sei o que me deu, tinha a minha namorada a dormir mesmo ao meu lado e nunca tinha olhado para a Simone com qualquer segunda intenção, mas naquele momento tive aquele impulso masculino. Ela não me rejeitou…

Ficamos olhos nos olhos, em silêncio total, numa simples brincadeira de língua com língua. A indignação passou-lhe, até porque percebi que ela estava a gostar da brincadeira. A minha mão foi atrevida e desceu pelo seu corpo sem qualquer oposição. Tocou-lhe no peito, percorreu-lhe o umbigo, acariciou a cintura…

Entrei dentro da cueca dela, passei por uma zona bem preenchida de pêlos e descobri algo que estava já a fervilhar, mas não entrei. Fiquei apenas a passear o dedo indicador, lenta e suavemente pela entrada, em círculo. Os olhos dela brilhavam cada vez mais e a sua respiração acelerava.

Subitamente, o meu dedo entrou dentro dela e via-a a morder fortemente o lábio debaixo. Todos os movimentos que o Zeca e a Vânia faziam enquanto dormiam faziam-nos parar.

Eu entrava dentro dela de uma forma profunda mas bem lenta, e sem reservas, decidi colocar mais um dedo, e assim passaram a ser dois. A mão dela também entrou dentro dos meus calções e agarrou-me. Tudo discreta, calma e silenciosamente. 

Fizemos aquele jogo de mãos prologar-se quase até nascer o dia. Continuávamos em silêncio profundo, e o único barulho que se ouvia, era o mexer dos meus dedos no seu corpo.

Estava óptimo e mesmo sem eu alterar aquele ritmo, senti a sua mão apertar-me com mais força, senti o seu interior a tremer, a vibrar, os seus olhos reviraram-se, pedindo para manter aquele ritmo, que ela sentia ser perfeito.

Logo de seguida, ela pediu-me para tirar a mão, pois estava verdadeiramente satisfeita. Ela agora queria realizar-me, e o clima estava tão quente que não foi preciso ela esforçar-se muito para sentir escorrer todo o meu prazer nos seus dedos. Foi um prazer incrivelmente arriscado.

Depois daquela primeira noite, passamos os restantes dias do festival em constantes provocações e insinuações. Aquela noite criou entre os dois, uma terrível sensação de curiosidade e desejo… eu queria entrar dentro dela, mas de outra maneira… e toda a descrição e o perigo que estava em jogo, deixava tudo muito mais saboroso… o que mais iria acontecer???

Foto: Ant Strack (Corbis.com)


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