terça-feira, 15 de janeiro de 2019

* Noite Fria


A Eduarda era minha colega num Clube de Ténis que eu frequentava em Lisboa. Ela era a minha adversária favorita e difícil de vencer. Era determinada e os dois criamos uma rivalidade desportiva que alimentou a nossa amizade.

Apesar de sermos os dois comprometidos, parecia que eu e a Eduarda não podíamos viver um sem o outro. Sentíamo-nos próximos. Quando não estávamos juntos, o telefone anulava a nossa distância. Era um sentimento de atracção difícil de explicar. Por diversas vezes, tive uma terrível vontade de beijar a sua boca, mas sempre resisti ao pecado. Sentia que este desejo era recíproco. Era um sentimento silencioso que os olhos não conseguiam esconder...

Certa noite, Lisboa estava a ser assolada por um vento polar que fez as temperaturas baixarem até aos 0 graus. A Eduarda enviou-me um sms: “a minha cama está gelada…” Eu estava no meu quarto, já de pijama, quando recebi esta mensagem, e um pouco sem pensar questionei: “queres ajuda para aquecer a cama?”. A resposta dela surpreendeu-me por completo: ”Vem… mas tens de entrar sem fazer barulho… os meus pais já estão a dormir…


Vesti um casaco cumprido em cima do meu pijama, entrei no carro e fui até à casa da Eduarda. Quando cheguei, ela abriu a porta com um pijama escuro, de mangas compridas e de um tecido quente. Sem dizer uma única palavra, fechou a porta devagar, e fez-me sinal para eu seguir para o seu quarto. Assim que entramos os dois no quarto, ela fechou a porta à chave, fazendo um sorriso de traquinice de criança. É verdade, parecíamos duas crianças a fazer algo de errado que ninguém podia saber. Apagamos a luz, entramos dentro da cama, e ficamos bem tapados com os lençóis e o édredon branco que existia naquela cama, a tentar vencer o frio.

E agora? No escuro daquela cama, demos um abraço forte, meigo e carinhoso. Confesso que o desejo do beijo surgiu mais forte do que nunca. Os corpos ficaram bem colados, frente a frente, com o nariz a tocar um no outro. Para tentar resistir, rodei o meu corpo, fiquei deitado de lado, e fiz a Eduarda agarrar-se às minhas costas. Ela agarrou-se a mim, colocou a mão dentro do meu pijama, e percorreu a sua mão lentamente no meu peito. A sua mão desceu e parou na zona do meu umbigo.

Apesar de eu estar calado e imóvel, o meu corpo desencadeou uma reacção que eu não consegui controlar. A Eduarda sentiu, e sem pedir autorização ousou tocar-me. Adorei sentir a sua mão num local do meu corpo que estava incrivelmente sensível. Ela foi meiga, carinhosa e ternurenta nos movimentos calmos que me ofereceu. 

De forma a evitar o descontrolo total, os nossos corpos rodaram, ficando eu agarrado às costas da Eduarda, em conchinha. Não foi fácil ficar naquela posição, pois ela sentia o meu descontrolo a tocar no seu corpo. Eu agarrei-a, beijei o seu pescoço e toquei no seu peito. As minhas duas mãos envolveram o seu tronco, e agarraram o seu peito. Senti que ela adorou a sensação de domínio dos meus braços.

Agora foi a minha vez de fazer a minha mão descer calmamente. Deliciei-me com a sensação suave da pele da sua barriga, adorei encontrar o seu umbigo. Senti que podia continuar esta perigosa viagem, e entrei dentro das calças daquele pijama. Eu estava a entrar numa zona perigosa que não era minha.

Senti que ela tinha alguns pelos naquela zona do seu corpo, mas poucos. Decidi não descer mais, mas acabei por tocar no ponto mais sensível do seu corpo. Estava vivo, estava activo, e muito suavemente, o meu dedo caminhou em seu redor, dando origem a um percurso circular, cujo centro era o ponto mágico de prazer do corpo da Eduarda. Eu sussurrei-lhe ao ouvido: “é melhor eu ir para casa…” Ela virou-se para mim, voltamos a ficar cara a cara, com o nariz a tocar um no outro.

Ficamos no limiar de concretizar o nosso desejo, mas conseguimos impedir. Mesmo assim, talvez tenhamos pisado o risco, pois somos os dois comprometidos. Teremos sido infiéis? Aquela noite fria fez-nos pensar, e agora? Como vai ser tudo depois daquela noite?
  
Foto: Corbis.com

* Efeito da Neve


A empresa ganhou um concurso público, em que teria de instalar um sistema, em todas as capitais de distrito, de Portugal Continental. Os escolhidos para fazer uma primeira análise, em todos os locais, fui eu e a Carmen.

Nós tínhamos 18 dias para percorrer as 18 capitais de distrito, ia ser uma terrível, e stressante maratona contra o tempo, pois apesar de a análise no local, ser um trabalho rápido, mas o tempo a viajar ia ser muito.
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As coisas foram correndo bem, eu e a Carmen estávamos a fazer uma boa equipa, e estávamos a conseguir dar bem conta do recado, mas os problemas começaram a aparecer quase no final, quando apenas nos faltava a região do Nordeste do país.

Estávamos a circular na A24, entre Viseu e Chaves, quando fomos surpreendidos com um forte nevão, que bloqueou por completo a estrada e nos obrigou a parar. Estávamos bloqueados e sem possibilidade de prosseguir. 

Segundo a informação que a autoridade nos deu, teríamos que aguardar pelo limpa-neve. Ficamos desesperados. Foi nessa altura que a Carmen libertou todo o stress acumulado nas últimas semanas. Começou a chorar e demonstrou algum desespero. Já não via o marido nem o filho, o pequeno Sebastião, há quase duas semanas, e a viagem por todo país estava a ser desgastante.

Tentei acalma-la. Abracei-a, acariciei-a. Ela ao sentir o meu carinho ficou mais calma e agarrou-se a mim, com força. Passei-lhe a mão pelos cabelos e ela encostou a sua cabeça no meu peito. De seguida, olhou-me nos olhos, e deu-me um surpreendente beijo na boca. Não neguei e correspondi-lhe. 

Ficamos ali, durante algumas horas, dentro do carro, como se fossemos dois adolescentes. Beijos e mais beijos. As nossas mãos não permaneciam quietas, e percorriam todas as partes dos nossos corpos. Aquele momento estava a trazer-me à memória, as primeiras vezes que sai de carro com uma namorada.

Estávamos isolados, e tudo era permitido, mas apenas estávamos a saciar a nossa carência de afectos, e fazer esquecer, a distância que estávamos das pessoas que mais gostávamos. Aquela intimidade, por estranha que parecesse, até era normal, pois eu e a Carmen estávamos juntos há mais de duas semanas, e já tínhamos feito centenas de quilómetros juntos.

Algumas horas depois, quando a estada ficou livre, já tinha passado a hora de fazer o nosso serviço, e fomos diretamente para o hotel, que estava reservado em Bragança. Nessa noite, à semelhança das outras, tínhamos dois quartos reservados. Depois de passarmos a recepção e de subirmos a escada, acabamos por ficar os dois no quarto dela. Todas aquelas carícias, e trocas de afecto durante a tarde, abriu-nos o apetite para mais.

Acabamos por nos entregar um ao outro, atirando tudo para trás das costas. Foi tudo tão intenso. Estávamos a precisar de libertar toda a energia acumulada nas últimas semanas. Aquela mulher tinha um corpo, que não deixava nenhum homem indiferente. A sua parte mais íntima era perfeita. Foi fantástico entrar dentro de tanta perfeição.

Ela quis tudo. Estava insaciável. Eu correspondi no meu melhor, dando-lhe todo o prazer que ela me exigiu. Fui um homem forte e intenso, que correspondeu sempre ao ritmo que ela pedia. Ela ao início pediu carinho e penetrações suaves, mas ao fim de algum tempo, quis-me mais intenso. Duro, feroz e voraz. O corpo dela transbordava de desejo e de vontade.

A neve que estava na rua, não arrefecia a temperatura naquele quarto. Acabei por presentear todo o seu peito, com tudo o que saiu de dentro de mim. No dia seguinte estávamos revigorados, e o nosso trabalho foi retomado como se nada tivesse acontecido, quer dizer, foi mais produtivo, pois estávamos os dois muito mais aliviados e bem-dispostos. 

Os nossos corpos estavam a precisar daquilo, e as nossas almas ainda mais. Juntamos a fome com a vontade de comer…

Foto: Corbis.com

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

* Simples Leitora

Fiquei muito assustado quando recebi um mail de uma conhecida advogada do Porto, a solicitar a marcação de um encontro comigo. O que terá acontecido? “Chegarei a Lisboa na próxima 2ª feira e gostaria de encontrar-me consigo…

Aquela jovem mulher ficou conhecida por estar envolvida em alguns casos mediáticos, e ficou famosa pela forma feroz como se debate nas barras dos tribunais. 

O que será que ela queria de mim? Trocamos alguns mails, mas ela sempre disse que só falava do assunto em causa, pessoalmente. 

Depois de ela saber a rua onde eu trabalhava, marcou o hotel, exactamente na mesma rua, e marcou o nosso encontro no Bar do hotel às 18h. Eu apareci nervosíssimo.

Ela era uma mulher bonita, charmoso e com um dialogo fantástico, achei-a muito mais interessante ao vivo, do que as vezes que a vi na televisão. 

Depois da primeira abordagem, eu fui direito ao assunto: “peço desculpa, estou a gostar muito de conversar consigo, mas gostava de saber qual é o assunto pelo qual quis estar comigo? Estou muito ansioso por saber.” Ela olhou para mim com um ar muito sério e disse: “Isto é um assunto sério… pois o facto de me ter dedicado à minha carreira de advogada destruiu o meu casamento. Hoje em dia sou uma mulher só, e foram os teus textos que fizeram renascer o meu desejo e a minha libido. Eu tinha de vir conhecer a pessoa que conseguiu que eu voltasse a sentir-me viva e quente. Com os teus textos voltei a sentir-me mulher…

Eu fiquei sem reacção àquelas palavras, e tive provavelmente a reacção mais inapropriada que possa imaginar: “sentir-se mulher? Tenho maneiras melhores que os meus textos…” Eu disse aquilo e arrependi-me de imediato, mas por estranho que pareça, aquelas minha palavras provocaram nela um sorriso atrevido, e ela respondeu-me: “Eu adorava sentir a tua erótica imaginação no meu corpo, actualmente, mesmo sem saberes, és o único homem que me consegue dar prazer, e eu nem te conhecia, e hoje que estamos juntos podíamos aproveitar o momento… gostava de voltar a sentir um homem dentro de mim. Sim?

Fiquei pálido, mas era impossível rejeitar aquele pedido, e acabamos por subir para o quarto. Em cima da secretária, estava um computador portátil ligado no meu blog. Foi ela que me despiu, e quando fiquei nu, ela não hesitou e chupou-me fortemente, ela tinha fome de sentir um homem excitado enchendo por completo a sua boca. 

Ela deixou todo o bâton na minha pele. Não houve tempo nem vontade para mais preliminares, e a Natureza preparou tudo para eu entrar dentro do corpo daquela advogada, e rapidamente vi escrito no seu olhar a palavra “orgasmo”. 

Foi frenético o sabor do sexo, num corpo sedento de homem, que precisava de ser devorado, e foi isso mesmo que fiz, devorei, usei e abusei. Ela fervia e eu adorava ser queimado por aquele corpo.  Dei-lhe o meu melhor, ofereci-lhe um fluxo com uma intensidade fora do normal, mas aquilo para ela foi pouco, e ela queria mais muito mais, sempre insaciável…

Eu tinha uma terrível vontade de ficar ali a noite toda, mas não podia, tinha de ir rapidamente para casa para ninguém desconfiar o pecado que eu tinha acabado de cometer, no entanto, ela deixou-me o recado: “apareces amanhã antes de ires para o trabalho?” 

Bolas, um homem não é de ferro, e foi exactamente isso que aconteceu, e na manhã seguinte, sai de casa uma hora mais cedo, com a desculpa de ter de preparar uma reunião, e regressei àquele quarto para mais prazer. Aquela mulher era incrível, e esperava por mim completamente nua e excitada, com um cheiro a creme de cacau. Aquilo deu-me vontade de lamber, de chupar, de comer…  e foi mesmo o que fiz e mais uma vez aquele corpo foi meu.

Mais uma vez não tive tempo para fazer tudo o que queria com ela, e quando eu estava de saída ela perguntou: “trabalhas mesmo aqui ao lado, e tens uma hora de almoço, certo?  Apareces?” Outra vez? Claro que ia aparecer… e apareci e foi mais uma hora de profundo prazer, e digo profundo porque tive uma hora dentro dela, sempre a entrar e a sair e a testar toda a sua tesão e a sua fome de sexo. E mais uma vez quando estava de regresso ao trabalho ela perguntou: “regressas quando saíres do trabalho?

Ela ficou três dias em Lisboa, com sessões às 8h, às 13h e às 18h, deixando-me exausto, sem mais desculpas para apresentar em casa. E se todas as minhas leitoras anónimas me fizessem isto??

Foto 'Corbis.com'

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

* Reveillon ao Piano


O Sr. Rodrigues, o dono da empresa onde eu trabalhava, disponibilizou a sua mansão numa quinta perto de Castelo Branco, para quem quisesse lá ir na passagem de ano.

Bem, foi uma excelente ideia, a casa é enorme, não tínhamos que gastar dinheiro e ia ser uma coisa diferente. Eu, o António e o Oliveira aceitamos o convite e lá fomos os três, mais as respectivas namoradas, no dia 31 para Alcains.

Chegamos e dividimos os quartos, e preparamos tudo para a grande noite, comida, lenha para a lareira, passas e espumante, e todos vestidos como se uma festa no Casino se tratasse.

A casa estava repleta de quadros e obras de arte, num espólio riquíssimo. Foi uma noite bem divertida, a namorada do Oliveira ainda nos mostrou os seus dotes no piano de cauda que estava na sala. Todos bebemos e dançamos. No entanto, já bastante quentes e sob efeito do álcool, decidimos que quando fosse meia-noite, exactamente na mudança do ano, tínhamos de estar dentro das nossas namoradas e com a porta do quarto aberta, para sentir com prazer a entrada do Ano Novo… provocador e excitante…


Os três casais acharam graça à ideia, e quando faltavam 15 minutos para a meia-noite, subimos todos para os quartos. Eu e a Alexandra decidimos que poderíamos saborear o momento de uma forma ainda melhor, junto da lareira e do piano. O calor do champanhe e da lareira foi um excelente tónico, para ficarmos totalmente desinibidos, para os momentos que iríamos viver de seguida. 

Ficamos bem agarrados um ao outro, mesmo em frente àquele fogo que continuava bem forte na lareira, a roupa foi-se tirando, peça a peça, e quando demos por nós estávamos nus, famintos de sexo.

A minha língua percorreu cada milímetro do seu corpo, procurou todas as suas curvas, e saboreou aquele desejo quente que sai do corpo dela. O seu cheiro feminino era a coisa que mais me excitava. No piso de cima ouvíamos também barulhos de gemidos. Aquela casa estava repleta de sexo.

Eu peguei na Alexandra ao colo, e deitei o corpo dela sobre o piano, e foi bom demais entrar dentro dela e ouvi-la soltar também pequenos gemidos, fico louco quando oiço uma mulher gemer, e naquele momento estava a ouvir três, somando os barulhos que vinham do primeiro andar da casa.

Involuntariamente íamos tocando nas teclas do piano, que nos dava uma música totalmente desafinada. Molhar o seu rosto com champanhe enquanto a penetrava foi um doce tónico de prazer. Os sons que vinham dos quartos também aumentavam os nossos impulsos de desejo. 

Aquele piano estava a ser a cama perfeita para um prazer desejado. Aquele momento estava ser tão especial e saboroso, que quisemos prologa-lo ao máximo. Tornou-se quase tântrico. No primeiro andar, o som dos orgasmos já tinham entoado pelas escadas, e já estava tudo em silêncio.

Eu e a Alexandra ali continuamos. Resistentes à vontade de vibrar, de saborear um orgasmo que insistia em bater à porta mas que nós não o deixamos entrar. Cada vez mais lento, tornava-se impossível aguentar mais. 

A Alexandra estava a sentir uma rainha nos meus braços, e não consegui resistir mais, quando parei de efectuar qualquer movimento, e me sentir apertado e estimulado pelas fortes contracções que estava a sentir dentro do corpo dela. Ela apertava-me, ela vibrava, ela delirava. Eu estava a viver um momento único que nunca nenhuma mulher me tinha oferecido.

Completamente dentro do seu corpo ofereci-lhe um jacto único que ela sentiu embater dentro de si. Vivemos um orgasmo especial e completamente diferente do habitual para começar bem o ano.

Foto ‘Corbis.com’

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

* Excitante Passagem de Ano

Eu e a Íris tínhamos recebido um convite para ir comemorar a passagem de ano em casa de uns amigos, que tinham deixado Lisboa e que agora viviam perto de Aveiro.

Aceitamos o convite com muito gosto, e no dia 31, logo pela manhã, fizemo-nos à estrada. A Filipa e o Eduardo eram um casal muito nosso amigo, mas que desde que deixou a capital, nunca mais os tínhamos visto. 

A Filipa era uma mulher jovem, lindíssima, da mesma idade que eu, e com elevado grau intelectual.

O Eduardo era um homem mais velho, quarenta anos, já com dois filhos e enfrentava com a Filipa o seu segundo casamento. Naquela noite, o jantar foi excepcional. O Eduardo adorava esmerar-se nestes momentos.

 A casa deles era muito confortável e o jantar foi sempre acompanhado com uma conversa animada e interessante. Apesar da diferença de idades, aqueles dois pareciam feitos um para o outro.

Festejamos a meia-noite com uma garrafa de Champanhe Moet Chandon, avistando do envidraçado panorâmico da sala, o fogo-de-artifício no horizonte. Logo de seguida, o Eduardo fez questão de nos mostrar uma gravação da passagem de ano, no ano anterior, que viveram em Time Square, em Nova York. Tinha sido a sua lua-de-mel.

Aquelas imagens foram o ponto de partida para o Eduardo elogiar Filipa. Confessar o desejo do seu corpo, do seu peito, do seu sexo. Aquela conversa tornou se quente. No sofá onde eles estavam, os corpos deles começaram a colar-se.

Eu e a Íris ficamos incomodados, com o descontrolo que estávamos a assistir. Eles dois estavam a comportar-se como se nós ali não estivéssemos. Retiram a roupa, peça a peça até ficarem nus.

O nosso desconforto transformou-se em concentração. Ficamos vidrados e excitados, a assistir aquele casal amigo a desejar-se e amar-se, mesmo à nossa frente. Aquilo era o verdadeiro amor, a apenas três metros de distância de nós. O Eduardo colocou dentro da Filipa, tudo o que tinha sobrado na garrafa de champanhe, e sugou toda a bebida de dentro do seu corpo com calma e prazer… 

Aquilo excitou-me. Abracei a Íris e comecei a tirar-lhe a roupa. Ela correspondeu ao meu desejo. Ficamos os dois de igual modo também sem roupa. Entrei dentro do seu corpo, imitando o que se estava a passar mesmo à nossa frente. Eu e a Íris imitamos tudo o que o outro casal fazia. As posições, os sons, os ritmos, o desejo…

Estava a ser fantástico saborear a mulher que eu mais desejava na companhia de outras pessoas. Estávamos a viver uma situação que nunca tinha imaginado. Estávamos os quatro totalmente entregues ao prazer, e eu secretamente pensei que a situação avançasse para algo entre os quatro.

Enganei-me, e percebi que ele nunca iria partilhar a Filipa connosco. Senti que ele mal olhou para o corpo nu da Íris, ele só estava mesmo interessado na sua mulher. E a prova disso, foi o facto de ele ter marcado o seu território, depositado todo o seu prazer dentro do corpo dela. 

Ela tremeu, mas foi incrivelmente excitante ter assistido ao vivo, a um prazer duplo, de um casal amigo. Eu senti que a Íris também ficou fascinada com o momento que tínhamos acabado de viver.

Ela como forma de festejar a entrada no novo ano, pediu-me em voz alta, que eu imitasse o Eduardo, e que deixasse tudo por completo dentro do seu corpo, ela queria corresponder os nossos amigos, com uma situação exactamente igual, a que tínhamos acabado de assistir.

Aquela inesperada noite marcou o inicio daquele ano, que acabou por ser um ano cheio de sucessos…

Foto ‘corbis.com’