domingo, 25 de março de 2018

* Estudantes Deslocados

Ter ido estudar para o Porto foi algo que me marcou, pois fui para um local desconhecido para mim, onde não conhecia ninguém e não tinha família nem amigos. Na minha turma, apenas a Sara também era deslocada, pois todos os outros colegas moravam na cidade, ou nos arredores. 

Assim, nós os dois, criamos uma boa amizade, compensando a distância do lar e da família. Eu vivia sozinho na zona da Boavista, e ela dividia uma casa, com uma estudante de arquitectura, na zona da Trindade.

Eu achava a Sara uma rapariga interessante e inteligente, e estávamos quase sempre em contacto, pois quando não estávamos juntos, trocávamos mensagens pelo messeger. Nas últimas semanas, talvez devido à nossa proximidade, acabamos mesmo por trocar um ou dois beijos, mas nada de muito importante.

Naquela noite, cada um no seu quarto, estávamos a fazer uma pesquisa conjunta, sobre um assunto que iria ser discutido na aula, da manhã seguinte. Não sei se seria por sentirmos falta de amor ou carinho, mas muitas vezes, o nosso estudo e as nossas pesquisas tornavam-se atrevidas, e entravamos em assuntos quentes. Foi o que aconteceu naquela noite. Seria pela minha abstinência há mais de um ano, tal como ela?

A webcam ligou-se, e olhos nos olhos, eu não sei o que poderia acontecer, mas posso confessar que já imaginava a Sara nos meus braços, a alimentar a fome do meu corpo. No entanto, a nossa conversa foi interrompida com a chegada da sua companheira a casa, quando algo estava prestes a começar. 

Ela disse-me: “tenho de sair…até já…” e saiu, levantando-se da secretária, em direcção à outra jovem, sem desligar a webcam. Quando ela se levantou, consegui perceber na sua túnica, o relevo excitado do seu peito. A recém chegada estudante de arquitectura, reteve a Sara numa conversa demorada que parecia não ter fim. Eu estava a ficar farto de esperar, e a fechar os olhos de sono.

Mas, os meus olhos abriram-se por completo, quando vi os lábios das duas mulheres a tocarem-se. Seria verdade ou alucinação? Durante largos minutos, vi aquelas duas mulheres a envolverem de uma forma carinhosa e sensual. 

A futura arquitecta começou a mostrar-se mais activa, e suavemente tirou a túnica à Sara, e empurrou-a para a cama. A Sara não reagia, e permaneceu totalmente passiva. Ela estava a sucumbir ao desejo. As duas bocas voltaram a tocar-se, e as línguas entrelaçaram-se. A Sara começou a ser beijada em todo o corpo, com a sensualidade e cuidado que apenas uma mulher consegue oferecer. 

Não é difícil de imaginar que aquela língua apenas terminou no seu quente tesouro. Parecia delicioso. A sua amiga afastou-lhe lábios melados, de forma extremamente carinhosa, e percorreu os seus trilhos, recolhendo todo o excesso que ia chegando do seu interior.

Acabaram por trocar de posição, mas a Sara estava nervosa, e não conseguiu dedicar-se com a mesma ternura ao corpo da sua amiga, tirando da gaveta da sua cama, um brinquedo que certamente a acompanharia nos momentos mais solitários. Aquele brinquedo não parou, entrando vezes sem conta no corpo daquelas duas jovens. 

Eu não queria acreditar no que estava a assistir, na deliciosa entrega de dois corpos femininos, totalmente nus, a um prazer que parecia interminável. A Sara gostava de mulheres, ou apenas se deixou entregar para matar a fome guardada dentro do seu corpo?

Eu não consegui perceber os momentos máximos de prazer das duas, mas adorei assistir ao momento em que aqueles dois tesouros se tocaram, e se esfregaram bem molhados um no outro. O desgaste foi tanto, que acabaram as duas por adormecer, sem roupa, em cima daquela cama.

Será difícil imaginar o estado em que eu fiquei, e o que eu fui obrigado a fazer? No dia seguinte, quando chegamos às aulas, a Sara chegou junto de mim um pouco envergonhada, mas eu matei logo o assunto: “Sara, desculpa, ontem quando chegou a tua amiga, e te levantaste, eu desliguei o computador e fui para a cama. Eu estava muito cansado. Ainda tentaste falar comigo depois?” 

Ela respirou fundo, e abanou a cabeça de forma negativa… Nem ela imagina que eu assisti a tudo…

Foto: _ (Corbis.com)

terça-feira, 20 de março de 2018

* Oficina de Pecado

O Simão era um mecânico jovem que se gabava aos quatro ventos de ser o rei das mulheres. Eu sempre ouvi as suas histórias, mas sempre as achei exageradas, pois apesar de ele ter um corpo bem constituído e trabalhar quase sempre em tronco nu, ele era extremamente rude e por vezes mal-educado. Ele estava sempre dizer “… eu faço isto… eu faço aquilo… eu já fiz….

No entanto, naquele sábado à tarde, desloquei-me até à oficina dele, pois o meu carro começou a ter problemas nos travões. Quando lá cheguei não vi ninguém, apesar de estar tudo aberto, e de o seu carro estar estacionado no sítio habitual. Dentro da oficina estava o carro da Dra Magda, a nova médica do Centro de Saúde, que era casada com o Dr. Bettencourt, um conhecido advogado ligado ao Governo.

Fui até ao gabinete onde o Simão costumava tratar dos papéis, das facturas e dos orçamentos, e assisti ao inesperado. Ele estava sem roupa, a agarrar a Dra. Magda pelo braço, e a penetra-la brutalmente por detrás. Eu não queria acreditar, mas confirmei que era mesmo aquela jovem e simpática médica.

Ele apertava-lhe o braço, puxava-lhe o cabelo e dizia-lhe… “a Dra é tão putinha como as outras todas….vamos lá ver quanto tempo é que aguenta aqui a pujança do Simão”

O mais estranho é que ela não estava nada incomodada com o comportamento irracional e rude daquele homem, e estava entregue à sua brutalidade e ao seu desrespeito. Ele continuava com a sua linguagem inapropriada: ”… uiiii… a Dra é tão tenrinha… isto é carne da melhor que já passou aqui pela oficina…

O que é certo, é que ele continuava com a sua brutalidade a penetrá-la fortemente, e ela gemia incrivelmente. Excitou-me a imagem de ver uma médica sensível, meiga e delicada, naquela forma submissa, entrega a um homem rude e sem modos, mas deliciada com o momento que estava a viver. Seria pelo perigo? Pela quebra da rotina? Pela traição? Ou pela brutalidade?

Ao final de pouco tempo, assisti ao descontrolo total da Dra. Magda, e ela começou a gritar como eu nunca tinha ouvido uma mulher fazer, e aqueles gritos significavam um prazer desmedido, de tal forma, que eu assisti sair de dentro do corpo daquela mulher um intenso jacto de um líquido, coisa que apenas tinha assistido em filmes. Ela parecia que estava a ejacular. Que orgasmo e que jacto incrível…

O Simão estava orgulhoso com o que tinha acabado de conseguir oferecer à Dra Magda: “… então Dra? Isto é melhor que uma Aspirina, não é?”… Mas foi nesse momento, que eles se perceberam da minha presença junto da porta. A Dra Magda atrapalhada, saiu a correr em direcção ao seu carro, e saiu a alta velocidade.

O Simão riu-se e disse: “Estás a ver? Mais uma que não pagou a mão-de-obra… eheheh… mas esta foi cinco estrelas… De manhã esteva cá a nova professorinha primária… de tarde a doutora…” Custava-me a acreditar nas histórias que o Simão me contava, mas naquela tarde eu tinha assistido com os meus próprios olhos, e questionei-o: “ Mas elas são casadas?

Ele riu-se mas respondeu-me prontamente: “Pois são… mas os maridos são para lhe dar carinhos e beijinhos e coisas fofinhas e jóias… elas aqui são abusadas e mal tratadas… trato-as como putas… aliás, é o que são, pois tudo o que faço é em troca de dinheiro… elas dão o corpo e eu faço um desconto na factura, por isso é um serviço pago….e elas adoram… fogem da rotina e do maridinho…”


Eu fiquei perplexo com aquelas palavras, pois se é verdade tudo o que ele me conta, ele já esteve com mais de metade das mulheres do nosso bairro… e pelo que parece nenhuma se queixou. Será mesmo verdade que as mulheres gostam de quebrar a rotina desta maneira… fiquei a pensar no assunto…

 Foto: Gulliver (Corbis.com)

sexta-feira, 16 de março de 2018

* Bandeja de Prata

A Francisca era uma mulher discreta, que praticamente não dava confiança a ninguém. Charmosa e elegante, ela trabalhava como hospedeira numa companhia de aviação. 

Conheci-a por ela ter sido namorada do meu melhor amigo, no entanto nunca perdemos o contacto, e esporadicamente marcávamos encontros para beber um café e conversar um pouco.
                                                  

Ela era uma mulher enigmática, e por vezes passava-me mensagens que eu dificilmente compreendia. Parecia que vivia num mundo diferente do mundo real, talvez por passar muito tempo no céu e no meio das nuvens. 

Alguns dias depois do nosso encontro, Franscisca enviou-me um sms, a pedir os meus dados para um evento que iria acontecer pela primeira vez em Portugal, e que gostava que eu participasse. 

Alguns dias depois, ela pediu-me mais dados, incluindo as minhas últimas analises clínicas. Porque será que ela queria isso tudo?

O evento foi marcado para Fevereiro, e ela indicou-me uma morada, que ficava um pouco afastado da cidade. A única recomendação que recebi, é que deveria ir todo vestido de negro.

Quando cheguei, vi vários carros a estacionar, e todos com pessoas vestidas de negro. À entrada daquela casa, era distribuída uma mascara a todas as pessoas. Percebi que algo de estranho ia ali acontecer.

Num salão praticamente sem luz, ficamos todos alinhados, e ouvimos no sistema sonoro: “Nas próximas horas tudo deverá acontecer com o maior respeito, e ninguém deverá ser obrigada a fazer nada do que não queira… desfrutem do momento”. Eu desde que cheguei, comecei a desconfiar do que me esperava.

E tudo se confirmou, quando aquela sala foi ocupada por mulheres de lingerie e mascara negra. Era um clube privado de sexo, onde as pessoas não se podiam conhecer, e onde o número de mulheres e de homens era igual, mas a grande maioria dos grupos eram compostos por três pessoas.

Eu fiquei num sofá, com outro homem e uma mulher magra, de pele clara. A primeira coisa que fizemos, foi beijar o seu corpo em simultâneo, enquanto calmamente íamos ficando sem roupa. Aquela mulher, a quem eu nunca vi o rosto, devorou-nos, ficando de joelhos à nossa frente, e alternando a entrada da sua boca, de algo que ela, certamente, iria querer sentir dentro do seu corpo. Ela era incansável nos seu movimentos, e parecia ser demasiado experiente em situações idênticas.

Sem trocar uma única palavra, ela foi devorada pelos dois, enquanto em nosso redor, tudo acontecia num ambiente com pouca luz, mas onde o vulto e o ruído dos corpos, fazia denotar o prazer que ali se vivia. 

Do meu grupo, rapidamente percebi que eu era o único verdadeiramente activo, e tive de servir aqueles dois corpos, alternando a permanecia dentro do corpo dele e do corpo dela. Mas para mim, o momento mais excitante da noite, aconteceu pouco depois e eu ter oferecido tudo aquela mulher.

Depositei bem fundo, dentro do seu corpo, todo o prazer que saiu de dentro do meu, mas o homem que me acompanhou nesta aventura, fez questão de sugar tudo de dentro do corpo dela, e usando a sua boca como meio de transporte, entregou tudo na boca daquela mulher, onde logo de seguida, fez questão de fazer também a sua descarga de prazer. Ela não se negava a nada, parecia disposta a tudo.

Foi sem dúvida uma louca e ousada aventura com desconhecidos, e no dia seguinte, a Francisca ligou-me a combinar um café. Nessa tarde, ela contou-me que foi uma das mulheres que também participou naquele evento, e que tinha sido ela a principal incentivadora da sua criação. 

Quando ela viajava para o Centro da Europa, ela adorava participar em eventos idênticos a este, e confessou-me: ” Já participei em orgias e em festas, onde mulheres eram "servidas" em bandejas de prata. Eu era uma das mulheres, usada por quem me quisesse e como quisesse. Eu adoro entregar-me” 

Foto: Peter M. Fisher (Corbis.com)

domingo, 11 de março de 2018

* Fantasias Secretas

Penso que todos acabamos por ter uma fantasia talvez mais secreta e mais difícil de realizar, e comigo não era diferente.

Mas a minha imaginação não parava de pensar naquele momento, e no mundo virtual tentei procurar o homem perfeito para aquele momento, e encontrei. Eu não seria capaz de ver a minha mulher nas mãos de um qualquer.

O João tinha 40 anos, casado, um corpo musculado com muitas horas semanais de ginásio, bronzeado, e era economista no melhor banco do país.

Combinamos secretamente para que aquele momento corresse na perfeição, até porque a mulher dele nem imaginava o que iria acontecer. Mostrei-lhe varias fotos da Susana, a viajar e na praia, e uma vez a fazer topless quando estivemos no Brasil, e o interesse dele era crescente, e ele confessou-me que já se imaginava dentro dela, e prometeu-me que ela iria adorar.

Então, naquela quinta-feira fui jantar com ela a Setúbal, com vista para o rio Sado, num jantar que tentei ser o mais romântico possível, com ela deliciosamente maquilhada. Durante o jantar mostrei-lhe a surpresa que tinha para ela: uma mascara e um cartão de um motel discreto ali próximo. Ela ficou entusiasmada com a minha proposta para aquela noite, onde não podíamos trocar palavras, apenas os corpos…

Quando chegamos, entramos no quarto aromatizado, com a Susana já vendada, não podendo ver aquele corpo despido e depilado, que a ver um filme quente e só para adultos, já esperava por ela. Eu beijei-a, acariciei-a, despi-a, para no momento seguinte a entregar nos braços do João. Que estranha sensação que tanto me excitou. E agora?

Ele foi incrivelmente meigo com ela, beijando-lhe todo o corpo, de uma ponta até à outra, passando por todos os recantos mais íntimos… e as suas mãos realizaram-lhe uma massagem sensual com um óleo com um excelente aroma. Ela ficou terrivelmente entregue ao prazer, sem imaginar o que estava a acontecer. No entanto, no momento que o João lhe colocou a mão nas costas, dando indicação para ela se dobrar um pouco, penetrando-a por detrás,.. Ela vendada soltou um gemido forte, dizendo: ”uiiiii, nem parece tu…” e não era eu.

Ela percebeu que o que entrou dentro dela era maior que o habitual, mais grosso e mais cumprido, e gemeu como eu nunca tinha ouvido, pois ela estava penetrada como nunca, eu eu percebi que ela gostou muito do que sentiu. Era visível a sua excitação. O corpo dela, mexia-se, tremia e de uma forma talvez involuntária, e de uma forma descontrolada ela não cumpriu o nosso acordo e tirou a mascara ficando totalmente surpreendida quando se viu cara-a-cara com o homem que estava dentro dela, e não era eu.

Ela olhou para mim com um ar de condenação pelo meu ato sem autorização, mas ela não parou, antes pelo contrário, aproveitou toda a excitação que estava a sentir naquele momento, tornando-se mais devassa do que nunca, obrigando o João a penetra-la constantemente na sua totalidade, bem fundo com ela a sentir-se totalmente preenchida. 

Ela gritou alto, ofendendo-me com palavras feias. Sinceramente parecia-me que ela estava a sentir orgasmos seguidos e intermináveis… de uma forma que eu nunca lhe tinha visto…e percebendo que certamente o João não conseguiria aguentar muito mais tempo, disse à Susana que ela poderia escolher o sítio onde veria ver o prazer quente do João.

Talvez por vingança, ela fez uma escolha surpreendente que eu nunca estaria à espera…. 

Tu nem imaginas… foram as consequências das minhas fantasias secretas… 

terça-feira, 6 de março de 2018

* Deliciosa caminhada

Naquele mês de agosto, durante as minhas férias, decidi todas as manhãs fazer umas caminhadas pela ciclovia até à praia do Guicho, em Cascais. Acordava cedo, todos os dias, vestia uma roupa desportiva e lá ia eu…
Era curioso que as pessoas que normalmente por ali andavam, eram quase sempre as mesmas, e com o passar dos dias, já trocávamos sorrisos e cumprimentos. E tu, eras uma dessas pessoas, mas a nossa troca de sorrisos parecia especial. Tu olhavas para mim e sorrias, num sorriso que me parecia atrevido.


Gostava de ver a tua barriga à mostra, a passar por mim, a destacar-se nas tuas calças. Fiz uma pequena investigação, e descobri a hora em que normalmente começava a tua caminhada, e tentei fazer-te companhia naquela quinta-feira… e tu surpreendeste-me.

Eras simpática, agradável e misteriosa. Tu não contavas nada sobre ti, eras reservada e ao mesmo tempo provocadora, mas a caminhada daquele dia foi especial. Quando chegamos ao fim combinamos a mesma hora e o mesmo sitio para amanhã. Boa…

E assim, voltamos a encontrar-nos à hora e no sítio combinado, mas a caminhada naquele dia não foi tão fácil, pois apesar de ser cedo, a temperatura já estava muito elevada, num dia que se previa ser o dia mais quente do ano. Assim, o cansaço chegou mais cedo, mas os dois tentamos resistir.

No entanto, quando chegamos perto das dunas do Guincho decidimos fazer uma pausa, e ficamos sentados no a descansar e a refrescar. E foi ali, que te confessei, que adorava a tua barriga, sensual, provocadora… tu pouco reagiste às minhas palavras, com silêncio e apenas sorrisos. Ousei, e coloquei a minha mão em cima da tua barriga. Tu não rejeitaste a minha ousadia. Que bem que soube sentir a tua pele quente…

O meu entusiasmo falou mais alto, molhei dois dedos na minha boca e a minha mão desceu a tua barriga e entrou dentro das tuas calças… toquei-te… e tu respiraste fundo, sinal que gostaste da sensação… acabaram as palavras e começou um silêncio delicioso. Os meus dedos procuraram o prazer do teu corpo, ponto a ponto e senti-o. Apetecia-me tudo, mas não tinha coragem para te fazer essa proposta… até porque nem o teu nome eu sabia…   

Prolongamos aquele momento, debaixo de um calor abrasador… e se te sentia incrivelmente quente, eu também estava absolutamente excitado. Fui calmo, bem suave, lento, com variações de ritmo. Com a mão acariciando a parte externa, muito sensível, o meu dedo entrou dentro de ti, tipo gancho… e lá dentro toquei-te na zona de cima, entrando e saindo lentamente.. Fixei o meu olhar nos teus olhos… Os teus olhos brilhavam.

O brilho dos teus olhos mostrava que estavas a gostar, e a tua respiração estava cada vez mais ofegante… e incrivelmente, o meu dedo sentiu a vibração do teu corpo que significou que atingiste um momento de prazer que adoraste sentir… e incrivelmente eu também atingi o prazer, deliciosamente, de uma forma que nunca tinha acontecido, sem tu sequer me tocarem…

sexta-feira, 2 de março de 2018

* Chiado Inesperado

Foi na Rua Garrett, em Lisboa, que o meu corpo se sentiu pela primeira vez descontrolado, com uma atracção inexplicável, por um rosto singelo e tímido.

Eu subia em direcção ao Largo Camões  e ela descia em direcção à Rua do Carmo. Mais a baixo ou mais a cima, quase todos os dias o nosso olhar se cruzava. 
Eu não conseguia destacar nada de especial naquele corpo, mas o conjunto enchia-me as medidas. Eu, inexplicavelmente, desejava aquele corpo e sentia uma desmedida atracção.

Eu adorava os dias de chuva quando ela passava por mim com o cabelo húmido despenteado. E foi num forte aguaceiro de Abril, que o inesperado aconteceu. 

Sem estarmos preparados, começou a chover intensamente e ficamos os dois sem reacção, e eu impulsivamente, agarrei-lhe no braço, e puxei-a para um pequeno recanto perto do shopping, onde não existe comércio, porque as lojas estão todas fechadas. 

Ficamos os dois protegidos da chuva, mas totalmente desprotegidos para um desejo que se vinha a apoderar de nós nas últimas semanas.

Ela estava com o cabelo húmido mas com cheiro a shampoo, e eu, sem dizer uma única palavra, encostei-a à parede, e fiz a minha mão subir a sua perna. Ela nem reagiu nem se opôs. Toquei-lhe na sua intimidade, e senti que estava muito mais húmida que o seu cabelo. 

Foi naquele momento que senti toda a atracção a transformar-se em desejo. E correndo o sério risco de sermos vistos por alguém que olhasse para aquele recanto, eu não podia parar, e tinha de alimentar ferozmente aquele desejo.

Inclinar o seu corpo ligeiramente para a frente, e desviar ligeiramente a sua roupa interior, foi o início de algo que os dois mais queriam naquele momento, sexo. 

O seu corpo aceitou-me na perfeição logo no primeiro impulso, e eu fui implacável com ela, comportando-me como uma macho devorador e feroz no seu habitat natural, dizendo apenas e sem pausas: “toma… toma… toommmaaaa…tommaaa… grrrr”. Que mulher profunda e ardente, capaz de aguentar tudo numa situação de perigo, mas era esse mesmo perigo que aguçava o prazer.

Eu não sabia o seu nome mas já conhecia o seu cheiro e seu sabor. Senti que ao longe alguém se apercebeu do que se estava ali a passar, e gritou, mas nem eu nem ela nos incomodamos com isso. Estávamos a viver um momento de prazer inesperado que não tinha como ser interrompido. Quente. Molhado. Animal. As minhas mão variavam de sitio, alternado entre as sua cintura, os seus ombros ou o seu peito.

Aquele rosto tímido rendeu-se à minha forte penetração, ao meu intenso poder de lhe oferecer tudo o que ela queria sentir. A temperatura quente dos nossos corpos conseguiu secar as nossas roupas, e eu sentia perfeitamente todas as contracções de prazer que o interior daquela jovem produzia. Eu sentia-me tremendamente apertado dentro do seu corpo, e adorava isso. Era sinal de prazer, de qualidade, de satisfação.

Ela era uma mulher de alta qualidade, e capaz de tudo. Eu estava fascinado, com tudo o que estava a viver, e com a possibilidade de tocar e sentir alguém como ela. O fogo tinha regressado ao Chiado de uma forma igualmente devastadora e perigosa.

Ficamos rendidos ao prazer, exaustos e sentados no chão. Depois de tudo, um simples beijo de agradecimento mútuo foi incrivelmente inocente. Eu não sabia nada sobre ela, mas sabia que tinha acabado de viver um momento inesquecível. Eu queria voltar a saborear aquele corpo quente, mas calmamente, sem perder um único recanto. A minha língua queria tocar-lhe por completo. Era o meu desejo mais secreto naquele momento.

De repente, ela levantou-se e escreveu num pequeno papel, enquanto eu ainda estava sentado no chão, colocou-me aquele papelinho no bolso das calças, e em passo de corrida desapareceu daquela galeria… o papel apenas dizia: ”Chamo-me Catarina… descobre-me…” Eu aceitei aquele desafio… eu tinha mesmo de a voltar a descobrir… eu queria aquele corpo para mim… nem que fosse apenas só mais uma vez…

Foto: S. Hammid