sábado, 4 de agosto de 2018

* Amigos de Verão

Todos os anos, os meus primeiros doze dias do mês de Agosto, eram passados num Parque de Campismo no Alentejo, junto à praia. Íamos em família, mas fazíamos sempre amigos. 

Formei um grupo de 3 rapazes e 3 raparigas, de zonas distintas do país, e aproveitávamos estes dias inicialmente para brincar, e agora que já éramos mais crescidos, para nos divertir. Eu chamava-lhe “Amigos de Verão”, pois durante o resto do ano, raramente nos falávamos.
Este ano, depois do jantar, o nosso encontro era no antigo restaurante do parque, que tinha sido encerrado, e estava abandonado. Logo no primeiro dia, o Gustavo e o Salvador, descobriram uma entrada pelas traseiras, numa parede que estava partida. Se o dia era passado na praia, a noite foi sempre passada naquele edifício.

Nós já estávamos crescidos, e as brincadeiras dos anos anteriores já não faziam sentido. Nós ficávamos a conversar sobre tudo, mas invariavelmente, o tema das conversas acabava por ser sexo. Estávamos numa idade onde as nossas hormonas ferviam, e depois de um dia na praia, tudo ainda parecia mais activo. 

De noite para noite, aumentava o desejo, e parecia que queríamos que acontecesse qualquer coisa. A Maria João, a Eva e a Constança estavam cada vez mais desinibidas.

Na noite seguinte, aconteceu o primeiro jogo ousado entre todos. Descobrimos que uma das paredes tinha um buraco, e o Salvador lançou a ideia: “eu tenho uma coisa que cabe aqui…”, lançando a gargalhada colectiva, mas foi isso mesmo que aconteceu, os rapazes ficaram de um lado da parede e as raparigas do outro. Excitados, um de cada vez, ocupou aquele buraco. 

Do outro lado elas riam-se, e sem saber, cada uma ficou com um. Elas tocavam, acariciavam, beijavam, lambiam, chupavam e metiam tudo dentro da boca.

Eu não sei qual das mulheres me tocou, mas foi carinhosa, mexendo-me na pele, puxando-a para trás e deixando-me a descoberto. Ela, repetindo este movimento vezes sem conta, e cada vez mais rápido, conseguiu assistir ao meu orgasmo do outro lado da parede. 

Isto foi o que aconteceu com os três, sem saber qual das mulheres nos mexeu. Elas também não sabiam em quem tinham mexido, e isto aumentava a curiosidade.

Na noite seguinte, uma das garrafas que estava perdida na velha cozinha, serviu para ditar o jogo. Nessa noite, elas queriam ser compensadas do prazer que tinham oferecido na noite anterior, e os três rapazes foram vendados, e as raparigas escolheram-nos, rodando a garrafa. 

Mais uma vez, não sabia quem era ela, pois eu estava vendado, e a regra era elas não poderem dizer uma única palavra, para não serem descobertas.

Elas podiam fazer o que quisessem de nós, e eu desconfiava que tinha ficado com a Maria João. Ela levou-me para um canto da sala. Perdemo-nos em beijos quentes, molhados e demorados. 

A mão dela dava-me instruções, indicando o que queria sentir. Mexi-lhe no cabelo, beijei-lhe o pescoço e sussurrei-lhe ao ouvido: “deixas-me louco… quero o teu corpo… levas-me à lua”

Coloquei a minha mão no seu peito, encostei-a à parede e beijei-a. A minha mão entrou dentro dos seus calções, e senti que era uma mulher totalmente depilada. O meu dedo tocou-lhe e senti-a viva, quente, molhada. O meu dedo ali caminhou, calmamente, sentindo-a suave. 

Eu queria entrar ali, e foi isso que lhe disse ao ouvido: “quero entrar aqui… quero penetrar-te… “ e o meu dedo acabou por entrar ligeiramente dentro dela.

Mas eu queria mais… eu queria entrar com tudo dentro dela, eu estava excitadíssimo. E foi neste momento que ela se afastou ligeiramente, e eu percebi que ela se tinha ido embora. Tirei a venda, mas não vi ninguém em meu redor… Ela tinha mesmo desaparecido.

Eu estava louco, a morrer de desejo e ela desaparece? Isto não se faz… Deliciei-me sozinho, chupando aquele dele húmida, que tinha ficado como lembrança dela. Qual delas seria? E qual será o jogo da próxima noite. As noites estavam cada vez mais quentes… e deliciosas…

Foto: Laura Doss (Corbis.com)

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