sábado, 25 de agosto de 2018

* Piscina perto do Céu

Há pessoas com quem nos cruzamos por diversas vezes e em diversas locais.

Curiosamente, aquela jovem morena parecia estar em todos os locais por onde eu passava, no autocarro, no supermercado, no fast-food… Eu confesso que já receava que ela pensasse estar a ser seguida por mim, face tantos encontros…

Passou o inverno, passou a primavera e os encontros sucediam-se… Ela andava sempre bem vestida, sempre com roupas jovens, sempre na moda. Tantas vezes nos cruzávamos, que já trocávamos sorrisos.

No Verão, quando a cidade fica mais calma, o meu grande amigo Tomás segue sempre em direcção ao Algarve para gerir os seus negócios, deixando-me a chave do seu apartamento. Eu aproveitava sempre para desfrutar da piscina no topo daquele edifício, em Lisboa, no Lumiar.

Aquela piscina estava quase em contacto com o céu, com os aviões que passavam bem perto, na aproximação ao aeroporto da Portela. Era uma piscina praticamente inutilizada pelos condomínios. Ali eu sentia-me livre, e sempre que eu sabia que não estava ninguém por perto, eu adorava nadar nu naquela água. Eu fechava os olhos e flutuava, numa indescritível sensação de liberdade. Sentia-me livre e viajava na minha imaginação.

E num desses momentos de relax, quando abri os olhos, fui surpreendido com uma imagem totalmente inesperada: sentada na borda daquela piscina, estava aquela jovem, a olhar para mim. Quase me afoguei com aquela surpresa, engoli água e fiquei engasgado. Ela saltou para dentro de água e segurou-me.

Fiquei sem saber o que dizer, sai rapidamente da água, tapei-me com a toalha e perguntei: “tu moras aqui?” Ela não morava ali, ela apenas sabia tudo sobre a minha vida, controlava os meus movimentos. Os nossos constantes encontros não eram coincidências. Ela chamava-se Olívia, e pela primeira confessou-me a atracção que sentia por mim. Confesso que fiquei sem palavras. Nunca imaginei que uma mulher me controlasse daquela maneira.

Os olhos dela brilhavam por estar à minha frente, a conversar comigo. Espontaneamente roubou-me um beijo, e puxou-me para dentro da piscina. Os dois corpos caíram dentro de água envolvendo-me no momento.

A toalha que me envolvia caiu, deixando-me novamente nu. Ela decidiu acompanhar-me, mostrando-me o seu corpo dentro de água. Os meus olhos fixaram-se no seu corpo, e o meu corpo reagiu, da forma que ela queria. Abraçámos-mos. Tocamo-nos. Aquele abraço foi acompanhado com beijos e com umas mãos atrevidas. A sua mão desceu as minhas costas, agarrou o meu rabo, tocou-me, agarrou-me. A minha mão sentiu o seu pescoço, o seu peito e desceu pela sua barriga. O meu dedo entrou dentro dela.

Depois daquele jogo dos corpos, ficamos sentados na escada de acesso à piscina. Com os corpos semi-submersos, a Olívia usou a sua língua, lentamente debaixo para cima, apertou-me com a sua mão direita, para de seguida eu encaixar-me dentro da sua boca. Foi impossível resistir à forma como ela me sugou. Não consegui controlar-me.

Eu quis recompensa-la, agarrei-a, e coloquei-a na minha posição. Eu quis que ela também sentisse a minha língua. Comecei no seu pé, calmamente subi a sua perna, pelo seu joelho, na sua coxa, terminando e dedicando-me no ponto-chave do seu corpo. A minha língua foi suficientemente atrevida, com o movimento certo. 

Ela entregou-se ao momento, deliciando-se com aquele momento de prazer. Um grito surgiu em direcção ao céu. Ficamos mais perto do céu.

Foto: Michael A. Keller (Corbis.com)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

* Perola por Lapidar

A Benedita vivia numa aldeia perto de Vila Nova de Foz Côa, e ia se casar no mês de Setembro com um rapaz lá da terra. Para comprar e preparar alguns assuntos, veio passar uns dias a Lisboa, e ficou em casa da tia, a D.Lurdes, a minha vizinha.

A Benedita era uma tímida rapariga do campo, que ficava fascinada com a vida da cidade, com o trânsito, a confusão e o movimento das pessoas. Eu gostava de conversar com ela e sentir as diferenças entre o campo e a cidade. Desta vez, as nossas conversas incidiram sempre sobre o seu casamento.

Tudo iria acontecer na capela da aldeia e o copo de água iria realizar-se no pavilhão da colectividade. Eu, curioso perguntei: “E então a lua-de-mel?” A Benedita respondeu-me: “A Lua de Mel tem de ser muito especial, e ainda não escolhemos bem o sítio, mas estamos a pensar ir para o hotel mais alto da Serra da Estrela, pois quero que a minha primeira vez seja num sítio bem perto das estrelas…

Eu abri a boca e perguntei: “Primeira vez?” Ela corou e respondeu timidamente: “Sim”. Bem, eu percebi que era o seu sonho, mas alertei-a para tudo o que o seu futuro marido poderia querer fazer com ela, logo na primeira noite. Ela ficou assustada, até porque ela nunca tinha mostrado o seu corpo nu a nenhum homem.

Eu de uma forma um pouco atrevida perguntei-lhe: “não queres treinar para que tudo corra bem na tua noite?”. Ela mais uma vez de uma forma tímida, disse-me: “tenho medo que no meu dia, com o nervosismo, tudo corra mal…

Eu disse-lhe: “relaxa… fecha os olhos e imagina que eu sou o teu futuro marido…” Comecei a beijar o seu corpo, beijei a sua barriga e perdi-me no seu umbigo. Perfeito, sensível, que a fez arrepiar. Ter tocado com a minha língua bem no seu umbigo, fez com que a Benedita se entregasse. Senti que aquilo a excitou muito. Ela continuava de olhos fechados, e eu retirei-lhe toda a sua roupa.

UAUUUUU… que corpo perfeito, que fascinante perfeição feminina, em bruto, completamente por explorar como se de uma floresta virgem se tratasse. A Benedita era uma pérola por lapidar. Com uma mulher daquelas, quem se casava com ela era eu…

Com aquele corpo nu, assim mesmo à minha frente, apetecia-me tudo. Voltei a tocar com a minha língua no seu umbigo, e voltei a sentir o seu corpo a entregar-se. Beijei a sua cintura, beijei as suas coxas, beijei os seus joelhos. A Benedita abriu ligeiramente as suas pernas, e eu percebi que aquilo tinha sido uma ordem do seu desejo mais íntimo. Ousei tocar-lhe suavemente.

Aquele simples toque fez sair de dentro do seu corpo uma corrente de excitação. A minha língua tocou-lhe dedicadamente. O toque da minha língua originou um suspiro e um gemido. Estávamos os dois a ficar intensamente descontrolados. A minha língua não parava, e o seu corpo vibrava.

Ela incrivelmente excitada queria tudo. Ela implorou-me ao ouvido: “não pares, agora quero tudo, quero sentir um homem dentro de mim, um homem da cidade, experiente, entra, por favor, penetra-me, usa o meu corpo pela primeira vez, quero ser usada por ti, quero ser experimentada…”

É quase impossível a um homem conseguir resistir a estas palavras suplicadas por uma mulher, mas eu fui forte. Eu sabia que obedecesse aos seus pedidos, ia destruir um dos sonhos da sua vida, que era o facto de casar virgem. Acho que a minha língua lhe ofereceu um orgasmo, mas não tive coragem de perguntar. Penso que ela ficou mais curiosa e mais desejosa do que nunca, ficando ansiosa pelo seu casamento e pela noite de núpcias. Ela prometeu-me contar tudo…

Foto: Laureen March (Corbis.com)

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

* Sorteio de Mulheres

Eu tinha um grande amigo, o Santiago, e a minha namorada a Lídia, tinha uma amiga inseparável, a Sara. Entretanto o Santiago começou a namorar com uma colega, a Olga, e a Sara encontrou o amor com um vizinho, o Diogo.

No meio desta confusão, criaram-se três casais quase inseparáveis, eu e a Lídia, o Santiago e a Olga, e a Sara e o Diogo.

Como todos tínhamos fascínio por viajar, juntávamos dinheiro, e fazíamos duas viagens por ano, uma em Julho e outra em Dezembro. Eram sempre férias divertidas. Em Dezembro escolhíamos uma grande cidade, Paris, Londres, Nova York, e em Junho uma zona mais paradisíaca, Brasil, Republica Dominicana, Canárias

E foi em Porto Galinhas, no Brasil que a Lídia, a Olga e a Sara andavam estranhas, sempre com segredos, pareciam que andavam a preparar alguma coisa. Foi na sexta-feira, no bar junto à piscina que elas tinham tudo preparado. Num saco estavam 3 papelinho e no outro as chaves nos nossos quartos. Cada um de nós tirou uma chave e um papelinho. A mim saiu-me o quarto 211 e a Sara. A Lídia saiu ao Santiago.

Elas preparam tudo para termos uma noite diferente, para fugirmos da rotina, e como a confiança era total entre todos esta troca podia ser extremamente saborosa. Mas elas impuseram uma regra, onde tudo o que acontecesse dentro dos quartos era de sigilo total. As trocas foram feitas logo ali na mesa do bar. 

Eu fiquei logo junto da Sara e aproveitei para lhe sentir o sabor dos seus lábios, sob o olhar do seu namorado. Bebemos mais umas caipirinhas e seguimos bem mais quentes para os quartos.

Saborear o corpo da Sara era algo que eu sempre desejei, por isso tinha de aproveitar esta noite ao máximo, e logo de início prometi-lhe que não iríamos dormir. E assim aconteceu, foi uma noite devastadora. A Sara transbordava desejo pois queixava-se de o Diogo ser pouco activo e querer sempre na mesma posição.

Eu fiz-lhe a vontade. O corpo da Sara nos meus braços, girou, rodou e rodopiou sempre comigo lá dentro. Ela estava louca com tantas alternâncias, e dizia que cada uma tinha efectivamente um sabor especial. 

Aquela pele morena com o Sol do Brasil estava a deixar-me louco, e o prazer era algo que estava a parecer de uma forma intensa. Cada orgasmo era apenas um sinal de descanso.

Depois de uns minutos de pausa, para recuperar o fôlego, invertíamos a posições e colocávamos a nossa língua em actividade simultânea Era delicioso sentir aquela mulher voltar à vida, para agora ser ela a escolher a posição em que me queria sentir. Ela adorou estar por cima e dominar o meu corpo.

Controlar a profundidade de cada penetração. Adorou saltar em cima de mim. Ela estava louca, descontrolada e caminha para a exaustão total, com saltos intenso e grandioso com penetrações totais, dando origem a um gigante e vibrante terramoto de prazer.

E depois de mais uma recuperação de língua, a terceira vez foi mais calma, mais lenta, mais saborosa, mas com um sabor incrível Eu sentia que o corpo dela já aceitava tudo, ela parecia preparada para tudo, e o ultimo orgasmo surgiu com o nascer do Sol. Os nossos corpos ficaram totalmente exaustos sem reacção.

E foi nesse momentos que nos lembrámos, de como terá sido a noite dos nossos companheiros? Será que o Diogo manteve o seu habitual perfil de descrição? Será que a Lídia libertou com o Santiago todo o seu espírito de loucura e aventura como gosta de libertar comigo?

Não sei o que terá acontecido nos outros quartos, o que é certo é que aparecemos todos para o pequeno-almoço, a abrir a boca e cheios de sono, e com umas terríveis olheiras. Acho que aquilo foi a prova que foi uma noite intensa e saborosa para todos.

Foto: moodboard (Corbis.com)

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

* Festival Sudoeste

Esta história aconteceu no ano passado, quando decidimos ir até à Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, para curtir os dias do Festival do Sudoeste. 

O dinheiro era pouco, fizemos umas sandes e arranjamos uma tenda pequena mas onde cabíamos os quatro. Éramos dois casais, eu levei a minha namorada, a Vânia, e foi também um casal nosso amigo, o Zeca e a Simone.

Foi muito bom estar ali mesmo em frente às grandes bandas internacionais do momento. Eram milhares de pessoas de todos os estilos, mas tudo num convívio saudável e alegre. Na primeira noite, depois dos concertos, ficamos na conversa madrugada dentro.

Estávamos a ficar exaustos e decidimos entrar na tenda para dormir. O espaço era pouco, ficamos os quatro muito apertados. Fiquei deitado no meio, entre as duas mulheres. A minha namorada, a Vânia, como sempre, mal se deitou, adormeceu como uma pedra.

O Zeca ressonava, que era uma coisa que me incomodava bastante. Eu quase não consegui mexer-me, e estava verdadeiramente arrependido por não ter trazido outra tenda. A Simone estava de costas para mim, mas senti que também estava acordada.

Coloquei o braço em cima do corpo dela. Ela virou-se para mim, com os olhos muito abertos e com ar de indignação, e eu sem a deixar respirar dei-lhe um demorado beijo na boca. 

Não sei o que me deu, tinha a minha namorada a dormir mesmo ao meu lado e nunca tinha olhado para a Simone com qualquer segunda intenção, mas naquele momento tive aquele impulso masculino. Ela não me rejeitou…

Ficamos olhos nos olhos, em silêncio total, numa simples brincadeira de língua com língua. A indignação passou-lhe, até porque percebi que ela estava a gostar da brincadeira. A minha mão foi atrevida e desceu pelo seu corpo sem qualquer oposição. Tocou-lhe no peito, percorreu-lhe o umbigo, acariciou a cintura…

Entrei dentro da cueca dela, passei por uma zona bem preenchida de pêlos e descobri algo que estava já a fervilhar, mas não entrei. Fiquei apenas a passear o dedo indicador, lenta e suavemente pela entrada, em círculo. Os olhos dela brilhavam cada vez mais e a sua respiração acelerava.

Subitamente, o meu dedo entrou dentro dela e via-a a morder fortemente o lábio debaixo. Todos os movimentos que o Zeca e a Vânia faziam enquanto dormiam faziam-nos parar.

Eu entrava dentro dela de uma forma profunda mas bem lenta, e sem reservas, decidi colocar mais um dedo, e assim passaram a ser dois. A mão dela também entrou dentro dos meus calções e agarrou-me. Tudo discreta, calma e silenciosamente. 

Fizemos aquele jogo de mãos prologar-se quase até nascer o dia. Continuávamos em silêncio profundo, e o único barulho que se ouvia, era o mexer dos meus dedos no seu corpo.

Estava óptimo e mesmo sem eu alterar aquele ritmo, senti a sua mão apertar-me com mais força, senti o seu interior a tremer, a vibrar, os seus olhos reviraram-se, pedindo para manter aquele ritmo, que ela sentia ser perfeito.

Logo de seguida, ela pediu-me para tirar a mão, pois estava verdadeiramente satisfeita. Ela agora queria realizar-me, e o clima estava tão quente que não foi preciso ela esforçar-se muito para sentir escorrer todo o meu prazer nos seus dedos. Foi um prazer incrivelmente arriscado.

Depois daquela primeira noite, passamos os restantes dias do festival em constantes provocações e insinuações. Aquela noite criou entre os dois, uma terrível sensação de curiosidade e desejo… eu queria entrar dentro dela, mas de outra maneira… e toda a descrição e o perigo que estava em jogo, deixava tudo muito mais saboroso… o que mais iria acontecer???

Foto: Ant Strack (Corbis.com)


sábado, 4 de agosto de 2018

* Amigos de Verão

Todos os anos, os meus primeiros doze dias do mês de Agosto, eram passados num Parque de Campismo no Alentejo, junto à praia. Íamos em família, mas fazíamos sempre amigos. 

Formei um grupo de 3 rapazes e 3 raparigas, de zonas distintas do país, e aproveitávamos estes dias inicialmente para brincar, e agora que já éramos mais crescidos, para nos divertir. Eu chamava-lhe “Amigos de Verão”, pois durante o resto do ano, raramente nos falávamos.
Este ano, depois do jantar, o nosso encontro era no antigo restaurante do parque, que tinha sido encerrado, e estava abandonado. Logo no primeiro dia, o Gustavo e o Salvador, descobriram uma entrada pelas traseiras, numa parede que estava partida. Se o dia era passado na praia, a noite foi sempre passada naquele edifício.

Nós já estávamos crescidos, e as brincadeiras dos anos anteriores já não faziam sentido. Nós ficávamos a conversar sobre tudo, mas invariavelmente, o tema das conversas acabava por ser sexo. Estávamos numa idade onde as nossas hormonas ferviam, e depois de um dia na praia, tudo ainda parecia mais activo. 

De noite para noite, aumentava o desejo, e parecia que queríamos que acontecesse qualquer coisa. A Maria João, a Eva e a Constança estavam cada vez mais desinibidas.

Na noite seguinte, aconteceu o primeiro jogo ousado entre todos. Descobrimos que uma das paredes tinha um buraco, e o Salvador lançou a ideia: “eu tenho uma coisa que cabe aqui…”, lançando a gargalhada colectiva, mas foi isso mesmo que aconteceu, os rapazes ficaram de um lado da parede e as raparigas do outro. Excitados, um de cada vez, ocupou aquele buraco. 

Do outro lado elas riam-se, e sem saber, cada uma ficou com um. Elas tocavam, acariciavam, beijavam, lambiam, chupavam e metiam tudo dentro da boca.

Eu não sei qual das mulheres me tocou, mas foi carinhosa, mexendo-me na pele, puxando-a para trás e deixando-me a descoberto. Ela, repetindo este movimento vezes sem conta, e cada vez mais rápido, conseguiu assistir ao meu orgasmo do outro lado da parede. 

Isto foi o que aconteceu com os três, sem saber qual das mulheres nos mexeu. Elas também não sabiam em quem tinham mexido, e isto aumentava a curiosidade.

Na noite seguinte, uma das garrafas que estava perdida na velha cozinha, serviu para ditar o jogo. Nessa noite, elas queriam ser compensadas do prazer que tinham oferecido na noite anterior, e os três rapazes foram vendados, e as raparigas escolheram-nos, rodando a garrafa. 

Mais uma vez, não sabia quem era ela, pois eu estava vendado, e a regra era elas não poderem dizer uma única palavra, para não serem descobertas.

Elas podiam fazer o que quisessem de nós, e eu desconfiava que tinha ficado com a Maria João. Ela levou-me para um canto da sala. Perdemo-nos em beijos quentes, molhados e demorados. 

A mão dela dava-me instruções, indicando o que queria sentir. Mexi-lhe no cabelo, beijei-lhe o pescoço e sussurrei-lhe ao ouvido: “deixas-me louco… quero o teu corpo… levas-me à lua”

Coloquei a minha mão no seu peito, encostei-a à parede e beijei-a. A minha mão entrou dentro dos seus calções, e senti que era uma mulher totalmente depilada. O meu dedo tocou-lhe e senti-a viva, quente, molhada. O meu dedo ali caminhou, calmamente, sentindo-a suave. 

Eu queria entrar ali, e foi isso que lhe disse ao ouvido: “quero entrar aqui… quero penetrar-te… “ e o meu dedo acabou por entrar ligeiramente dentro dela.

Mas eu queria mais… eu queria entrar com tudo dentro dela, eu estava excitadíssimo. E foi neste momento que ela se afastou ligeiramente, e eu percebi que ela se tinha ido embora. Tirei a venda, mas não vi ninguém em meu redor… Ela tinha mesmo desaparecido.

Eu estava louco, a morrer de desejo e ela desaparece? Isto não se faz… Deliciei-me sozinho, chupando aquele dele húmida, que tinha ficado como lembrança dela. Qual delas seria? E qual será o jogo da próxima noite. As noites estavam cada vez mais quentes… e deliciosas…

Foto: Laura Doss (Corbis.com)

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

* Calor Alentejano

Finalmente consegui comprar a mota dos meus sonhos, um clássico, uma Vespa de 1962, vermelha, linda. 

Orgulhoso com aquele exemplar, meti-me à aventura, e de forma solitária, decidi ir pela primeira vez à concentração motard de Faro. Parti três dias antes, e decidi percorrer as zonas mais ocultas e selvagens do Baixo Alentejo, até chegar a Faro. 


Estava a ser fantástico desfrutar daquelas paisagens, com planícies repletas de Sobreiros e Oliveiras, debaixo de um calor que praticamente atingia os 40 graus. 

Naquela tarde, depois de ter comido uma deliciosa Carne de Porco à Alentejana, em Mourão, continuei a viagem rumo a Sul, e numa estrada secundária, e praticamente deserta, a minha mota parou.

A elevada temperatura, provavelmente provocou algum sobre aquecimento na mota. E agora? Para piorar as coisas, naquele local, não existia rede de telemóvel. 

Fiquei sentado na berma da estrada, à espera que alguém passasse por ali, mas o tempo passava e nada, até que ao final de vinte minutos, vejo ao longe, a vir na minha direcção, um Fiat Uno branco antigo. 

Coloquei-me no meio da estrada, e o carro quando chegou junto de mim parou, e eu pedi ajuda. Era conduzido por uma rapariga, que me indicou que a aldeia mais próxima, onde existia um mecânico ou rede de telemóvel, ficava a 10 km de distância, mas ela ofereceu-me boleia.

Era simpática, e apesar ter um ar citadino, e de se ter licenciado em Lisboa, quis regressar para a sua terra de origem para ajudar a trazer desenvolvimento e progresso para uma zona que estava cada vez mais esquecida, além disso, ela confessou que detesta viver longe do cheiro natural do Alentejo. A conversa estava interessante, mas aquele carro antigo também não resistiu ao calor, acendeu uma luz vermelho no tablier e acabou por parar, ficando a deitar muito fumo do motor… e agora?

A Adélia disse logo que o melhor era ir a pé até à Aldeia, pois ninguém passava naquela estrada, e seria perder tempo ficarmos ali parados. Lá fomos nós a conversar por aquele atalho, dentro de uma grande quinta, passando no meio do gado e grandes plantações de Oliveiras. 

A meio do caminho, encontramos dois lagos fantásticos, desnivelado, um a uma cota mais alta do que o outro, existindo uma queda de água entre os dois. Era água originária da Barragem do Alqueva, para rega das plantações daquela propriedade.

Adélia não resistiu, e disse que iria se refrescar. Mesmo vestida, mergulhou dentro daquela água cristalina, e gritou: “Adoro sentir e usufruir o meu Alentejo… Vem, salta, vem senti-lo também”. Baixei as calças, despi a t-shirt, e sem qualquer roupa, mergulhei… Sem dúvida, foi uma sensação deliciosa, refrescar-me daquela maneira. Aquela mulher começou a brincar, atirando água na minha direcção, e eu respondi do mesmo modo. 

Acabamos por nadar os dois, até à queda de água, para sentir a força da água, a bater nos nossos corpos. Ela começou-se a rir, pelo facto de eu estar totalmente sem roupa, mas acima de tudo, pelos efeitos que a água fria me tinha provocado. Eu fiquei corado, envergonhado, e sem saber o que dizer…

Ela em tom de brincadeira disse: “Aqui no Alentejo são todos muito maiores, mas eu tenho fama de feiticeira, e se lhe tocar ele vai crescer e ficar enorme…”. No meio de uma gargalhada, ela agarrou-me com força. O meu corpo reagiu de uma forma que a deixou de boca aberta. A sua mão, surpreendida com a minha reacção, começou com um movimento calmo e sereno, que me deixou descontrolado. 

Beijei-a de forma intensa, e os nossos corpos colaram-se. Com a água a cair nas nossas cabeças, o desejo que sentíamos um pelo outro aumentava a cada minuto que passava. Sem lhe tirar a roupa, a minha mão desviou a sua roupa interior, e o meu dedo entrou dentro do seu corpo. Ela suspirou de forma intensa, com uma respiração descontrolada.

Dentro daquela água fria, entrei num quente e delicioso paraíso. Ela, deliciada, impôs o ritmo, acabando de vez com a fama dos alentejanos serem lentos. Foi a mulher mais forte e intensa que conhecia. Foi fantástica a forma como aquela mulher me recebeu dentro de si, vibrando e fazendo-me sentir todos os cantos e recantos do seu interior. Pela primeira vez na minha vida, e de forma totalmente inesperada, senti o verdadeiro e saboroso prazer, com sotaque alentejano.

Foto: Creasource (Corbis.com)