Efectivamente eu ansiava por conhece-la, mas
no dia em que a vi, no fundo, apenas esperava receber um simples sorriso. Era o
nosso primeiro encontro real. Alguma vez iríamos transformar o nosso desejo
virtual em algo real? Ou tudo foi simples imaginação?
Todas
as expectativas e pensamentos desapareceram no momento em que os nossos olhares
se cruzaram, pois deixamos ambos de ter expectativas e passamos a ter certezas,
o nosso olhar era tão intenso que até me arrependi de o ter marcado num local
público, pois estávamos a incomodar quem se cruzava connosco, tal era a
intensidade do olhar, tão profundo, e dissemos pouco mais do que um simples
“olá”. Partimos em direcção à saída daquele pequeno Centro Comercial no centro
de Lisboa.
Saímos
o mais rápido possível, e eu decidi irmos até a minha casa. No caminho
queríamos conversar, mas não conseguíamos manter uma conversa lógica nem
interessante, não dizíamos nada de especial, o nosso único pensamento era
transformar a intensidade do nosso olhar na comunhão dos nossos corpos sem
pensar em mais nada.
Todas
as conversas tórridas que tivemos pelo telemóvel, no messeger e no
WhatsApp, tinham-me despertado o interesse por ela, e senti que da parte
dela o desejo era igual. Sim, já tínhamos feito sexo virtual diversas vezes e
foi óptimo, mas agora queria saber como ia ser na realidade. Queria sentir o
verdadeiro sabor do seu corpo.
Eu
queria confirmar aqueles gemidos, suspiros, palavrões e queria verificar se
todo aquele desejo era efectivo, quando o meu corpo nu, tocasse no dela. Eu
queria confirmar a perfeição do seu corpo, que eu vi diversas vezes pela webcam e em fotos que ela me enviava
como forma de provocação.
Mudamos
o percurso. Decidi levá-la para um motel, numa zona discreta. Eu olhava para
ela e só pensava em sexo, sexo e sexo… e acho que ela não queria outra coisa.
Eu não estava no meu estado normal, sentia-me extremamente alterado, e com o
ritmo cardíaco acelerado. Ela não dizia nada. Tínhamos de consumar rapidamente
esta paixão virtual.
Entramos no quarto do motel, tiramos a roupa, e
mergulhamos no jacuzzi, e foi dentro daquela água cheia de bolhinhas, que o
meu desejo chocou com o dela, ou melhor, que o meu desejo preencheu o dela. Foi
tão bom juntar o calor daquela água, ao calor dos nossos dois corpos.
Assim
que entrei por completo dentro dela, ela não queria que eu tirasse nada. Ela
queria sentir tudo dentro de si, queria se sentir preenchida, completa e que
mulher apertadinha, que me sabia prender, agarrar, fixar dentro do seu corpo.
Que deliciosa mulher que eu conheci através da internet.
Deste
modo, ela começou a bailar no meu corpo, mexendo-se e abanando-se, não
permitindo que eu retirasse nada de dentro de si. Delicioso, pois estava a ser
diferente, nunca tinha saboreado uma mulher daquela maneira, mas estava a ser
bom. Eu apenas estava arrependido de não a ter conhecido mais cedo. Tanto tempo
perdido numa webcam e num telemóvel, quando aquela mulher era um perfeito
diamante por lapidar, um vulcão na eminência de explodir.
O
prazer dela era consecutivo, e ela dizia:”Nunca tinha conhecido ninguém que
me tivesse conseguido realizar desta maneira, não consigo parar, quero que te
mantenhas dentro de mim”, o que é certo, é que eu acabei por não resistir,
e não consegui aguentar muito mais tempo o ritmo que ela impunha.
Ela
secou-me, e foi nua para a cama descansar e preparar-se para mais. Deitada de
barriga para baixo e a olhar para mim, ela disse-me: “vou convencer o meu
namorado para tu te juntares a nós, quero realizar esse desejo, essa fantasia…
Dois homens em simultâneo é o meu desejo mais secreto”
“Namorado?
Tu tem namorado? Tu nunca me tinha contado nada…”
São
vantagens, ou desvantagens das amizades e do desejo virtual… quase tudo se pode
esconder…
Foto: Steve
Prezant
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