domingo, 25 de fevereiro de 2018

* Noite Quente no Brasil

Naquele ano decidimos ir festejar o Natal e a Passagem de Ano, no Rio de Janeiro, para sentir a sensação de viver esta época do ano, em pleno verão, na praia e mergulhados no calor. Agendei dez dias, para saborear ao máximo, as praias cariocas.


Ficamos a conhecer o areal das mais famosas praias da região, como por exemplo São ConradoIpanemaLeblonBuziosCopacabana. Interessante foi o facto de no mesmo hotel em que eu estava com a Gabriela, estar um casal português, que começou a tomar todas as manhãs o pequeno-almoço connosco. 

Era um casal que vivia no Porto, que todos os anos, adorava desfrutar do verão brasileiro. Ao final de alguns dias, fomos convidados pelo casal, para os acompanhar à sua praia de eleição, para onde eles iam todos os dias, a Praia do Abricó. Aceitamos o convite, sem saber o que tínhamos acabado de fazer. Quando lá chegamos, ficamos de boca aberta. Era uma praia linda, quase paradisíaca, mas de nudismo. Aquele casal vinha para o Brasil, propositadamente por isso, pois em Portugal não se sentiam à vontade para estarem nus na praia.

Eu e a Gabriela ficamos um pouco sem reacção, pois não estávamos nada à espera daquilo, mas se ficássemos vestidos naquele areal, seriamos os únicos. Vencemos a vergonha, e acabamos por ficar sem roupa, tal e qual todas as pessoas que estavam praia. O sentimento de vergonha passou rapidamente, e até nos sentimos bastante à vontade. Foi um dia perfeitamente normal de praia. Eu e a Gabriela estávamos a gostar da experiência, no entanto, sentíamos que aquele casal olhava para os nosso corpos, com um olhar sinistro. 

Por diversas vezes, aquela mulher, sempre que passava junto de mim, inadvertidamente ou não, me tocava. Durante todos o dia, por três ou quatro vezes, aquele toque subtil me provocou excitação, coisa que eu consegui sempre disfarçar. Por outro lado, aquele homem, sempre que passava junto da Gabriela, lhe tocava com o seu membro nas costas, no braço, na barriga, tendo acontecido, lhe tocar com ele na cara e nos lábios, quando estávamos a jogar com umas raquetes, e ele caiu sobre ela.

No final do dia de praia, na viagem de volta para o hotel, a conversa baseou-se daqueles dois, foi algo que eu e a Gabriela não conseguimos perceber, no entanto aceitamos o convite de comemorar a noite de passagem do ano, no restaurante do hotel. Nessa noite, a festa foi de arromba, com muita e boa comida, muita animação, um calor tremendo tipicamente brasileiro, e muito álcool. Quando chegou a meia-noite, enquanto assistimos o fogo-de-artifício em Copacabana, a Eunice, mulher do outro casal, propôs que fosse até à Praia do Abricó, para comemorar o ano novo, como faziam sempre todos os anos.

Quando lá chegamos, aquele casal tirou novamente a roupa, mal entramos na areia, e com uma garrafa de champanhe na mão, correu em direcção ao mar. Eu e a Gabriela entramos no jogo, e corremos atrás deles. A noite estava deliciosa, com o céu limpo e estrelado. As brincadeiras dentro de água foram o mote para a Eunice ficar nos meus braços, e a Gabriela nos braços do António. Aquela troca era algo que aqueles dois já tinham planeado há muito. Mais uma vez fiquei vidrado o bonito corpo da Eunice.

Os quatro deitados na areia molhada, a sentir a ondulação a bater-nos nos corpos nus, parecia uma ordem da natureza, para eu entrar dentro daquela quente mulher, enquanto via perfeitamente aquele homem, a entrar dentro da Gabriela. E o que aquilo me excitou. Como era possível estar a adorar ver a minha mulher desfrutar de outro homem, sendo penetrada poucos metros à minha frente. No entanto, percebi que muito mais empolgado estava ele, por me ver por completo, dentro da sua mulher. Aquela troca foi excitante, saborosa e fantástica. Eles sabiam o que faziam, e percebia-se perfeitamente que não era a primeira vez que entravam neste jogo perigoso mas excitante, de trocar de parceiros.

Em terras de Vera Cruz, eu e a Gabriela desfrutamos do inesperado, e criamos um forte desejo de repetir aquela experiência, apenas não sabíamos se com amigos, ou novamente com estranhos.

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