Naquele
ano decidimos ir festejar o Natal e a Passagem de Ano, no Rio de
Janeiro, para sentir a sensação de viver esta época do ano, em pleno
verão, na praia e mergulhados no calor. Agendei dez dias, para saborear
ao máximo, as praias cariocas.
Ficamos a conhecer o
areal das mais famosas praias da região, como por exemplo São Conrado, Ipanema, Leblon, Buzios, Copacabana.
Interessante foi o facto de no mesmo hotel em que eu estava com a Gabriela,
estar um casal português, que começou a tomar todas as manhãs o pequeno-almoço
connosco.
Era um casal que vivia
no Porto, que todos os anos, adorava desfrutar do verão brasileiro. Ao final de
alguns dias, fomos convidados pelo casal, para os acompanhar à sua praia de
eleição, para onde eles iam todos os dias, a Praia do Abricó. Aceitamos o
convite, sem saber o que tínhamos acabado de fazer. Quando lá chegamos, ficamos
de boca aberta. Era uma praia linda, quase paradisíaca, mas de nudismo. Aquele
casal vinha para o Brasil, propositadamente por isso, pois em Portugal não se
sentiam à vontade para estarem nus na praia.
Eu e a Gabriela ficamos
um pouco sem reacção, pois não estávamos nada à espera daquilo, mas se
ficássemos vestidos naquele areal, seriamos os únicos. Vencemos a vergonha, e
acabamos por ficar sem roupa, tal e qual todas as pessoas que estavam praia. O
sentimento de vergonha passou rapidamente, e até nos sentimos bastante à
vontade. Foi um dia perfeitamente normal de praia. Eu e a Gabriela estávamos a
gostar da experiência, no entanto, sentíamos que aquele casal olhava para os
nosso corpos, com um olhar sinistro.
Por diversas vezes,
aquela mulher, sempre que passava junto de mim, inadvertidamente ou não, me
tocava. Durante todos o dia, por três ou quatro vezes, aquele toque subtil me
provocou excitação, coisa que eu consegui sempre disfarçar. Por outro lado,
aquele homem, sempre que passava junto da Gabriela, lhe tocava com o seu membro
nas costas, no braço, na barriga, tendo acontecido, lhe tocar com ele na cara e
nos lábios, quando estávamos a jogar com umas raquetes, e ele caiu sobre ela.
No final do dia de
praia, na viagem de volta para o hotel, a conversa baseou-se daqueles dois, foi
algo que eu e a Gabriela não conseguimos perceber, no entanto aceitamos o
convite de comemorar a noite de passagem do ano, no restaurante do hotel. Nessa
noite, a festa foi de arromba, com muita e boa comida, muita animação, um calor
tremendo tipicamente brasileiro, e muito álcool. Quando chegou a meia-noite,
enquanto assistimos o fogo-de-artifício em Copacabana, a Eunice,
mulher do outro casal, propôs que fosse até à Praia do Abricó, para comemorar o
ano novo, como faziam sempre todos os anos.
Quando lá chegamos,
aquele casal tirou novamente a roupa, mal entramos na areia, e com uma garrafa
de champanhe na mão, correu em direcção ao mar. Eu e a Gabriela entramos no
jogo, e corremos atrás deles. A noite estava deliciosa, com o céu limpo e estrelado.
As brincadeiras dentro de água foram o mote para a Eunice ficar nos meus
braços, e a Gabriela nos braços do António. Aquela troca era algo que aqueles
dois já tinham planeado há muito. Mais uma vez fiquei vidrado o bonito corpo da
Eunice.
Os quatro deitados na
areia molhada, a sentir a ondulação a bater-nos nos corpos nus, parecia uma
ordem da natureza, para eu entrar dentro daquela quente mulher, enquanto via
perfeitamente aquele homem, a entrar dentro da Gabriela. E o que aquilo me excitou.
Como era possível estar a adorar ver a minha mulher desfrutar de outro homem,
sendo penetrada poucos metros à minha frente. No entanto, percebi que muito
mais empolgado estava ele, por me ver por completo, dentro da sua mulher.
Aquela troca foi excitante, saborosa e fantástica. Eles sabiam o que faziam, e
percebia-se perfeitamente que não era a primeira vez que entravam neste jogo
perigoso mas excitante, de trocar de parceiros.
Em terras de Vera Cruz,
eu e a Gabriela desfrutamos do inesperado, e criamos um forte desejo de repetir
aquela experiência, apenas não sabíamos se com amigos, ou novamente com
estranhos.
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