terça-feira, 20 de março de 2018

* Oficina de Pecado

O Simão era um mecânico jovem que se gabava aos quatro ventos de ser o rei das mulheres. Eu sempre ouvi as suas histórias, mas sempre as achei exageradas, pois apesar de ele ter um corpo bem constituído e trabalhar quase sempre em tronco nu, ele era extremamente rude e por vezes mal-educado. Ele estava sempre dizer “… eu faço isto… eu faço aquilo… eu já fiz….

No entanto, naquele sábado à tarde, desloquei-me até à oficina dele, pois o meu carro começou a ter problemas nos travões. Quando lá cheguei não vi ninguém, apesar de estar tudo aberto, e de o seu carro estar estacionado no sítio habitual. Dentro da oficina estava o carro da Dra Magda, a nova médica do Centro de Saúde, que era casada com o Dr. Bettencourt, um conhecido advogado ligado ao Governo.

Fui até ao gabinete onde o Simão costumava tratar dos papéis, das facturas e dos orçamentos, e assisti ao inesperado. Ele estava sem roupa, a agarrar a Dra. Magda pelo braço, e a penetra-la brutalmente por detrás. Eu não queria acreditar, mas confirmei que era mesmo aquela jovem e simpática médica.

Ele apertava-lhe o braço, puxava-lhe o cabelo e dizia-lhe… “a Dra é tão putinha como as outras todas….vamos lá ver quanto tempo é que aguenta aqui a pujança do Simão”

O mais estranho é que ela não estava nada incomodada com o comportamento irracional e rude daquele homem, e estava entregue à sua brutalidade e ao seu desrespeito. Ele continuava com a sua linguagem inapropriada: ”… uiiii… a Dra é tão tenrinha… isto é carne da melhor que já passou aqui pela oficina…

O que é certo, é que ele continuava com a sua brutalidade a penetrá-la fortemente, e ela gemia incrivelmente. Excitou-me a imagem de ver uma médica sensível, meiga e delicada, naquela forma submissa, entrega a um homem rude e sem modos, mas deliciada com o momento que estava a viver. Seria pelo perigo? Pela quebra da rotina? Pela traição? Ou pela brutalidade?

Ao final de pouco tempo, assisti ao descontrolo total da Dra. Magda, e ela começou a gritar como eu nunca tinha ouvido uma mulher fazer, e aqueles gritos significavam um prazer desmedido, de tal forma, que eu assisti sair de dentro do corpo daquela mulher um intenso jacto de um líquido, coisa que apenas tinha assistido em filmes. Ela parecia que estava a ejacular. Que orgasmo e que jacto incrível…

O Simão estava orgulhoso com o que tinha acabado de conseguir oferecer à Dra Magda: “… então Dra? Isto é melhor que uma Aspirina, não é?”… Mas foi nesse momento, que eles se perceberam da minha presença junto da porta. A Dra Magda atrapalhada, saiu a correr em direcção ao seu carro, e saiu a alta velocidade.

O Simão riu-se e disse: “Estás a ver? Mais uma que não pagou a mão-de-obra… eheheh… mas esta foi cinco estrelas… De manhã esteva cá a nova professorinha primária… de tarde a doutora…” Custava-me a acreditar nas histórias que o Simão me contava, mas naquela tarde eu tinha assistido com os meus próprios olhos, e questionei-o: “ Mas elas são casadas?

Ele riu-se mas respondeu-me prontamente: “Pois são… mas os maridos são para lhe dar carinhos e beijinhos e coisas fofinhas e jóias… elas aqui são abusadas e mal tratadas… trato-as como putas… aliás, é o que são, pois tudo o que faço é em troca de dinheiro… elas dão o corpo e eu faço um desconto na factura, por isso é um serviço pago….e elas adoram… fogem da rotina e do maridinho…”


Eu fiquei perplexo com aquelas palavras, pois se é verdade tudo o que ele me conta, ele já esteve com mais de metade das mulheres do nosso bairro… e pelo que parece nenhuma se queixou. Será mesmo verdade que as mulheres gostam de quebrar a rotina desta maneira… fiquei a pensar no assunto…

 Foto: Gulliver (Corbis.com)

1 comentário:

  1. "Oficina do Pecado" era o que devia estar escrito numa placa por cima da minha cama na hora de ponta. ;)

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