O Simão era um mecânico
jovem que se gabava aos quatro ventos de ser o rei das mulheres. Eu sempre ouvi
as suas histórias, mas sempre as achei exageradas, pois apesar de ele ter um
corpo bem constituído e trabalhar quase sempre em tronco nu, ele era extremamente
rude e por vezes mal-educado. Ele estava sempre dizer “… eu faço isto… eu faço
aquilo… eu já fiz….”
No entanto, naquele sábado à tarde, desloquei-me até à oficina
dele, pois o meu carro começou a ter problemas nos travões. Quando lá cheguei
não vi ninguém, apesar de estar tudo aberto, e de o seu carro estar estacionado
no sítio habitual. Dentro da oficina estava o carro da Dra Magda, a nova médica
do Centro de Saúde, que era casada com o Dr. Bettencourt, um conhecido advogado
ligado ao Governo.
Fui até ao gabinete onde o Simão costumava tratar dos papéis,
das facturas e dos orçamentos, e assisti ao inesperado. Ele estava sem roupa, a
agarrar a Dra. Magda pelo braço, e a penetra-la brutalmente por detrás. Eu não
queria acreditar, mas confirmei que era mesmo aquela jovem e simpática médica.
Ele apertava-lhe o braço, puxava-lhe o cabelo e dizia-lhe… “a
Dra é tão putinha como as outras todas….vamos lá ver quanto tempo é que aguenta
aqui a pujança do Simão”
O mais estranho é que ela não estava nada incomodada com o
comportamento irracional e rude daquele homem, e estava entregue à sua
brutalidade e ao seu desrespeito. Ele continuava com a sua linguagem
inapropriada: ”… uiiii… a Dra é tão tenrinha… isto é carne da melhor
que já passou aqui pela oficina…”
O que é certo, é que ele continuava com a sua brutalidade a
penetrá-la fortemente, e ela gemia incrivelmente. Excitou-me a imagem de ver
uma médica sensível, meiga e delicada, naquela forma submissa, entrega a um
homem rude e sem modos, mas deliciada com o momento que estava a viver. Seria
pelo perigo? Pela quebra da rotina? Pela traição? Ou pela brutalidade?
Ao final de pouco tempo, assisti ao descontrolo total da Dra.
Magda, e ela começou a gritar como eu nunca tinha ouvido uma mulher fazer, e
aqueles gritos significavam um prazer desmedido, de tal forma, que eu assisti
sair de dentro do corpo daquela mulher um intenso jacto de um líquido, coisa
que apenas tinha assistido em filmes. Ela parecia que estava a ejacular. Que
orgasmo e que jacto incrível…
O Simão estava orgulhoso com o que tinha acabado de conseguir
oferecer à Dra Magda: “… então Dra? Isto é melhor que uma Aspirina, não
é?”… Mas foi nesse momento, que eles se perceberam da minha presença junto
da porta. A Dra Magda atrapalhada, saiu a correr em direcção ao seu carro, e
saiu a alta velocidade.
O Simão riu-se e disse: “Estás a ver? Mais uma que não pagou
a mão-de-obra… eheheh… mas esta foi cinco estrelas… De manhã esteva cá a nova
professorinha primária… de tarde a doutora…” Custava-me a acreditar nas
histórias que o Simão me contava, mas naquela tarde eu tinha assistido com os
meus próprios olhos, e questionei-o: “ Mas elas são casadas?”
Ele riu-se mas respondeu-me prontamente: “Pois são… mas os
maridos são para lhe dar carinhos e beijinhos e coisas fofinhas e jóias… elas
aqui são abusadas e mal tratadas… trato-as como putas… aliás, é o que são, pois
tudo o que faço é em troca de dinheiro… elas dão o corpo e eu faço um desconto
na factura, por isso é um serviço pago….e elas adoram… fogem da rotina e do
maridinho…”
Eu fiquei perplexo com aquelas palavras, pois se é verdade tudo
o que ele me conta, ele já esteve com mais de metade das mulheres do nosso
bairro… e pelo que parece nenhuma se queixou. Será mesmo verdade que as
mulheres gostam de quebrar a rotina desta maneira… fiquei a pensar no assunto…
Foto: Gulliver
(Corbis.com)
"Oficina do Pecado" era o que devia estar escrito numa placa por cima da minha cama na hora de ponta. ;)
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