Naquele
mês de agosto, durante as minhas férias, decidi todas as manhãs fazer
umas caminhadas pela ciclovia até à praia do Guicho, em Cascais. Acordava cedo,
todos os dias, vestia uma roupa desportiva e lá ia eu…
Era curioso que as pessoas que normalmente por ali andavam, eram
quase sempre as mesmas, e com o passar dos dias, já trocávamos sorrisos e
cumprimentos. E tu, eras uma dessas pessoas, mas a nossa troca de sorrisos
parecia especial. Tu olhavas para mim e sorrias, num sorriso que me parecia
atrevido.
Gostava de ver a tua barriga à mostra, a passar por mim, a
destacar-se nas tuas calças. Fiz uma pequena investigação, e descobri a hora em
que normalmente começava a tua caminhada, e tentei fazer-te companhia naquela
quinta-feira… e tu surpreendeste-me.
Eras simpática, agradável e misteriosa. Tu não contavas nada
sobre ti, eras reservada e ao mesmo tempo provocadora, mas
a caminhada daquele dia foi especial. Quando chegamos ao fim
combinamos a mesma hora e o mesmo sitio para amanhã. Boa…
E assim, voltamos a encontrar-nos à hora e no sítio combinado,
mas a caminhada naquele dia não foi tão fácil, pois apesar de ser cedo, a
temperatura já estava muito elevada, num dia que se previa ser o dia mais
quente do ano. Assim, o cansaço chegou mais cedo, mas os dois tentamos
resistir.
No entanto, quando chegamos perto das dunas do Guincho decidimos
fazer uma pausa, e ficamos sentados no a descansar e a refrescar. E foi ali,
que te confessei, que adorava a tua barriga, sensual, provocadora… tu pouco
reagiste às minhas palavras, com silêncio e apenas sorrisos. Ousei, e coloquei
a minha mão em cima da tua barriga. Tu não rejeitaste a minha ousadia. Que bem
que soube sentir a tua pele quente…
O meu entusiasmo falou mais alto, molhei dois dedos na minha
boca e a minha mão desceu a tua barriga e entrou dentro das tuas calças…
toquei-te… e tu respiraste fundo, sinal que gostaste da sensação… acabaram as
palavras e começou um silêncio delicioso. Os meus dedos procuraram o prazer do
teu corpo, ponto a ponto e senti-o. Apetecia-me tudo, mas não tinha coragem
para te fazer essa proposta… até porque nem o teu nome eu sabia…
Prolongamos aquele momento, debaixo de um calor abrasador… e se
te sentia incrivelmente quente, eu também estava absolutamente excitado. Fui
calmo, bem suave, lento, com variações de ritmo. Com a mão acariciando a parte
externa, muito sensível, o meu dedo entrou dentro de ti, tipo gancho… e lá
dentro toquei-te na zona de cima, entrando e saindo lentamente.. Fixei o meu
olhar nos teus olhos… Os teus olhos brilhavam.
O brilho dos teus olhos mostrava que estavas a gostar, e a tua
respiração estava cada vez mais ofegante… e incrivelmente, o meu dedo sentiu a
vibração do teu corpo que significou que atingiste um momento de prazer que
adoraste sentir… e incrivelmente eu também atingi o prazer, deliciosamente, de
uma forma que nunca tinha acontecido, sem tu sequer me tocarem…
Sem comentários:
Enviar um comentário