sexta-feira, 16 de março de 2018

* Bandeja de Prata

A Francisca era uma mulher discreta, que praticamente não dava confiança a ninguém. Charmosa e elegante, ela trabalhava como hospedeira numa companhia de aviação. 

Conheci-a por ela ter sido namorada do meu melhor amigo, no entanto nunca perdemos o contacto, e esporadicamente marcávamos encontros para beber um café e conversar um pouco.
                                                  

Ela era uma mulher enigmática, e por vezes passava-me mensagens que eu dificilmente compreendia. Parecia que vivia num mundo diferente do mundo real, talvez por passar muito tempo no céu e no meio das nuvens. 

Alguns dias depois do nosso encontro, Franscisca enviou-me um sms, a pedir os meus dados para um evento que iria acontecer pela primeira vez em Portugal, e que gostava que eu participasse. 

Alguns dias depois, ela pediu-me mais dados, incluindo as minhas últimas analises clínicas. Porque será que ela queria isso tudo?

O evento foi marcado para Fevereiro, e ela indicou-me uma morada, que ficava um pouco afastado da cidade. A única recomendação que recebi, é que deveria ir todo vestido de negro.

Quando cheguei, vi vários carros a estacionar, e todos com pessoas vestidas de negro. À entrada daquela casa, era distribuída uma mascara a todas as pessoas. Percebi que algo de estranho ia ali acontecer.

Num salão praticamente sem luz, ficamos todos alinhados, e ouvimos no sistema sonoro: “Nas próximas horas tudo deverá acontecer com o maior respeito, e ninguém deverá ser obrigada a fazer nada do que não queira… desfrutem do momento”. Eu desde que cheguei, comecei a desconfiar do que me esperava.

E tudo se confirmou, quando aquela sala foi ocupada por mulheres de lingerie e mascara negra. Era um clube privado de sexo, onde as pessoas não se podiam conhecer, e onde o número de mulheres e de homens era igual, mas a grande maioria dos grupos eram compostos por três pessoas.

Eu fiquei num sofá, com outro homem e uma mulher magra, de pele clara. A primeira coisa que fizemos, foi beijar o seu corpo em simultâneo, enquanto calmamente íamos ficando sem roupa. Aquela mulher, a quem eu nunca vi o rosto, devorou-nos, ficando de joelhos à nossa frente, e alternando a entrada da sua boca, de algo que ela, certamente, iria querer sentir dentro do seu corpo. Ela era incansável nos seu movimentos, e parecia ser demasiado experiente em situações idênticas.

Sem trocar uma única palavra, ela foi devorada pelos dois, enquanto em nosso redor, tudo acontecia num ambiente com pouca luz, mas onde o vulto e o ruído dos corpos, fazia denotar o prazer que ali se vivia. 

Do meu grupo, rapidamente percebi que eu era o único verdadeiramente activo, e tive de servir aqueles dois corpos, alternando a permanecia dentro do corpo dele e do corpo dela. Mas para mim, o momento mais excitante da noite, aconteceu pouco depois e eu ter oferecido tudo aquela mulher.

Depositei bem fundo, dentro do seu corpo, todo o prazer que saiu de dentro do meu, mas o homem que me acompanhou nesta aventura, fez questão de sugar tudo de dentro do corpo dela, e usando a sua boca como meio de transporte, entregou tudo na boca daquela mulher, onde logo de seguida, fez questão de fazer também a sua descarga de prazer. Ela não se negava a nada, parecia disposta a tudo.

Foi sem dúvida uma louca e ousada aventura com desconhecidos, e no dia seguinte, a Francisca ligou-me a combinar um café. Nessa tarde, ela contou-me que foi uma das mulheres que também participou naquele evento, e que tinha sido ela a principal incentivadora da sua criação. 

Quando ela viajava para o Centro da Europa, ela adorava participar em eventos idênticos a este, e confessou-me: ” Já participei em orgias e em festas, onde mulheres eram "servidas" em bandejas de prata. Eu era uma das mulheres, usada por quem me quisesse e como quisesse. Eu adoro entregar-me” 

Foto: Peter M. Fisher (Corbis.com)

1 comentário:

  1. Excitante, mas parece-me bastante arriscado em termos de saúde. Fazem exames, ok, mas usam preservativos?

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