segunda-feira, 16 de abril de 2018

* Nos Braços da Lei


Naquela noite, no ambiente escuro da discoteca, aquela mulher alta de cabelos compridos chamou-se a atenção. Não sei o que os meus olhos viram nela, o que é certo, é que senti uma forte atracção. Cheguei perto dela, e tentei conversar. Era simpática, bem-disposta, e usava um perfume que eu adorava, e aquele aroma descontrola-me.

Criamos uma interessante afinidade naquela noite. Eu nunca fui um homem de procurar aventuras com mulheres desconhecidas, mas naquela noite, usei todas as minhas armas para poder beija-la. A atração falou mais alto, e acabamos a noite no carro dela, com pouca roupa, a observar o brilho da Lua reflectido nas águas do Rio Tejo. Que mulher deliciosa.


O que é certo, é que o nº de telefone que ela me deu naquela noite, nunca funcionou, e eu perdi-lhe o rasto. Certamente o número estaria errado, servindo de desculpa para não nos voltarmos a encontrar. Eu senti que ela ficou alterada com os acontecimentos daquela noite. Ela teria algum segredo que não poderia revelar? Eu queria ardentemente voltar a estar com aquela mulher. A imagem, o cheiro e o toque do seu corpo, não me saiam da cabeça. Efectivamente, eu queria aquela mulher para mim.

Certa manhã, quando me desloquei à zona do Campo Pequeno, em Lisboa, os meus olhos brilharam quando viram aquele carro. Era o carro dela. Regressei à aquela zona nos dias seguintes, reparei que aquele carro estava sempre estacionado por ali. Perguntei a um segurança, que estava de serviço na entrada de um edifício, se ele sabia quem era a dona daquele carro, e ele respondeu-me: ”Esse carro é de uma jovem advogada, que trabalha no prédio novo, no fundo da rua”.

Agora já sabia como a encontrar, mas quis preparar o encontro. Arranjei o número de telefone do escritório, e ligando para a secretária, agendei uma reunião para aquela sexta-feira. Cheguei lá, aguardei na sala de espera, até que a secretária me informou que poderia entrar.

Assim que entrei naquele gabinete, o cheiro daquele perfume, fez-me arrepiar outra vez. Ela ficou corada quando me viu. Estava muito sensual, vestida de um modo formal e elegante, com os olhos contornados de negro e com o cabelo arranjado irrepreensivelmente. Eu sem perder tempo nem vergonha, disse: “Eu tinha de voltar a estar contigo, tu não me sais da cabeça, foste uma mulher única, que me marcou de uma forma soberba. Mesmo que tu não queiras mais nada comigo, tinha de voltar a ver o brilho dos teus olhos, e o teu lindo sorriso e sentir o teu aroma”.

As minhas palavras fizeram-na render-se aos meus braços. Os lábios colaram-se e as nossas línguas tocaram-se. Aquela mesa de trabalho foi nossa, e todos aqueles livros com códigos e leis caíram no chão, quando os nossos corpos se entregaram por completo. 

As minhas mãos fizeram subir o tecido daquela saia, e voltei a entrar dentro do corpo daquela mulher, de uma forma intensa, enquanto as suas mãos me puxavam o meu cabelo. Ela sussurrava de uma forma ofegante e totalmente descontrolada: “Eu não tenho tempo para isto, temos de ser muito rápidos, pois tenho uma reunião com a administração de um Banco, aqui, dentro de dez minutos”.

Eu fiz-lhe a vontade, e preparei tudo, de modo a que o nosso prazer chegasse depressa e de uma forma deliciosa. Senti o seu corpo a render-se ao poder da minha penetração, sugando-me por completo. Eu rendi-me no seu interior.

Logo de seguida, ela acompanhou-me à porta, sem baton, e com a respiração ainda não totalmente restabelecida, e disse à secretária: ”Luísa, é melhor marcar duas horas com este senhor para amanhã ao final tarde, visto que a questão jurídica em causa é muito complicada e demorada, e muito difícil de esclarecer…


1 comentário:

  1. Boa tarde!
    Muito bom, este conto!! Interessante se sedutor que nos obriga a leitura até à ultima palavra.
    Espero ler o resultado da segunde reunião :-))

    Beijo e um excelente semana

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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