segunda-feira, 25 de junho de 2018

* Dupla de São João


Eu adorava a cidade do Porto, e como o meu amigo Gonçalo estava a estudar na Faculdade de Belas Artes da cidade, eu aproveitei a semana do S.João, para o visitar e para sentir o verdadeiro espírito da noite de festa na cidade.


A sua casa, junto à Av. Aliados, tinha uma vista fantástica sobre o Rio Douro. Logo no dia em que cheguei, o Gonçalo pediu-me o favor de receber uma colega de Faculdade que ia fazer um trabalho de grupo com ele, pois ele tinha uma entrevista de emprego e ia atrasar-se um pouco. E às 15h em ponto, chegou a Martina, baixinha, morena, olhos escuros, com um ar simpático mas com um olhar tímido. Sentou-se na mesa da sala, e começou a preparar o trabalho. 

Eu não gosto de ambientes silenciosos e comecei a conversar com ela. Inicialmente ela dava-me respostas curtas e directas, mas com a minha insistência mergulhamos numa conversa bastante interessante, e eu adoro mulheres mais jovens do que eu, com conversas interessantes e inteligentes.

Acabei sentado ao seu lado, e enquanto ela falava, ousei desviar-lhe o cabelo, e cheirar o seu pescoço. Senti que aquilo a perturbou. Com a voz trémula e nervosa ela disse:”é melhor não…”. Eu não consegui parar, e toquei-lhe com a minha língua no seu pescoço. Ela rendeu-se, e não disse mais nenhuma palavra. 

A minha língua continuou a tocar suavemente na sua pele, fazendo o arrepio percorrer todo o seu corpo. Ousei tocar-lhe no peito, e desviando-lhe a roupa, molhei o bico daquele pequeno mas perfeito peito, com uma língua que estava louca por lhe tocar, suavemente em movimentos circulares, em todo o seu redor.

E foi nessa altura que chegou o Gonçalo, e se deparou com aquele cenário na sua sala, e disse: “xiuuuu… não digam nada… vamos continuar…” Vamos continuar? Sim, o Gonçalo é um moreno sedutor que deixa as mulheres loucas, e muito provavelmente a Martina também tinha um fraco por ele. E foi assim, que o corpo pequeno e aparentemente frágil daquela jovem, foi sendo tocado suavemente pelas nossas duas línguas simultaneamente, uma língua no peito, outra na barriga, outra no umbigo, outra na sua perna, outra no seu pescoço, outra no joelho, outra em cima do tecido húmido e quente das suas cuecas…

Ela estava de olhos fechados a saborear aquele momento, e depois de lhe tirarmos toda a roupa, levamos aquele corpo quente e perfumado para a cama do Gonçalo. Eu tive o prazer de levar aquele corpo nu nos meus braços, como se tratasse de uma bandeja, pronta a ser servida. 

Eu e o Gonçalo também tiramos a nossa roupa, e estávamos preparados para dar início a uma ceia divinal. Eu fiquei admirado com o tamanho exagerado que o Gonçalo pousou nos lábios dela, e eu, calmamente com os dedos, abri o seu “cofre” rapadinho, e fiz a minha língua percorrer o seu leito quente e húmido, incrivelmente saboroso.

A Martina sugava o Gonçalo calmamente, aproveitado para saborear tudo o que entrava na sua boca. Eu, sentindo o seu corpo preparado, encaixei-me nele, de uma forma deliciosamente profunda. Dei-lhe tudo, primeiro calma e suavemente, mas depois bem forte, e era assim que ela queria, forte, de forma a sentir as minhas “bolinhas” bem cheias, a bater no seu corpo. De seguida, eu troquei com o Gonçalo, e ela gritou ao sentir algo tão grande dentro de sim, enquanto chupava o seu sabor, que eu recolhi no seu interior.

Mas foi naquele momento, que mesmo dentro dela, o Gonçalo parou, chamou-me, e disse para eu me colocar no único sítio que ainda não tinha sido preenchido no corpo da Martina. Com calma, sem pressa e muito cuidado, coloque inicialmente um dedo. Não sentindo qualquer resistência, preenchi com toda a minha tesão aquele recanto apertado, deixando aquela jovem com ar inocente duplamente preenchida. 

Ela estava louca, e os movimentos masculinos pareciam articulados, pois quando um estava a entrar, ou outro estava a sair, causando no seu corpo, um duplo impacto de prazer. Ela era pequena mas incrivelmente resistente, e deliciava-se profundamente com a intensa penetração de dois homens…

O Gonçalo não resistiu, e depositou um forte jacto dentro do seu corpo, e eu mais resistente, quis presentear aqueles doces lábios com tudo o que saiu de mim. Ela lambuzou-se de prazer, com um brilho no olhar próprio de uma mulher realizada. 

Eu adoro mulheres do Norte, são fogo, são loucura, são tesão, são prazer… e a Martina é um feroz exemplo de prazer… eu queria uma mulher como ela só para mim, e por ela eu começava uma vida nova… Faltavam 3 dias, e eu convidei-a para festejar comigo a noite de S.João …

Foto: KG-Photography (Corbis.com)

quarta-feira, 20 de junho de 2018

* Fantasia de Noiva


Vivia-se o espírito do São João na cidade invicta, e foi na multidão que reencontrei uma estrela especial da minha vida, a Maria. Aquele rosto e o brilho dos seus olhos castanhos são coisas que a minha memória não esquece. Ela estava incrivelmente alegre num grupo de amigas. A noite era de festa. Tentei aproximar-me mas não tive coragem para fazer uma abordagem, eu era mais velho do que ela, e tive medo da rejeição. Confesso ter sentido borboletas na barriga. Sempre adorei o seu cabelo escuro, nos seus ombros. Lembro-me perfeitamente dela no meu passado, com o seu ar adolescente em Portalegre, e agora era uma mulher, mais apetecível do que nunca. 


Os olhares acabaram por se cruzar, sentimos a atracção mas faltaram as palavras. Ela tentou evitar aquele reencontro, mas a multidão empurrou-me, e ficamos frente a frente. Foi inevitável, e quase ficamos esmagados, com os típicos martelos a bater-nos nas cabeças, mas eu falei: “olá, és a Maria não és?”…a troca de palavras foi muito breve e foi interrompida pelas amigas que queriam voltar para casa… a noite já ia longa e o álcool já fazia os seus efeitos sobre elas…

Ela desapareceu na multidão. Eu queria voltar a vê-la, queria voltar a falar com ela, e quando cheguei a casa tentei descobri-la no Facebook. Bingo!! Encontrei… Convidei-a como amiga, e passei o resto da noite a ver as suas fotos. Fiquei deliciado. Descobri que ela estava no Porto com um grupo de amigas na sua despedida de solteira, para desfrutar da cidade. Ela estava noiva. 

Decidi enviar-lhe uma mensagem privada de parabéns, mensagem que ela respondeu de imediato. Ficamos online a trocar mensagens, a conversar e a desvendar as nossas vidas… Acabei por desvendar-lhe e o meu desejo secreto por si. Trocamos provocações subtis mútuas. Ousei convidá-la para lanchar em minha casa naquela tarde. Ela aceitou e sentiu que o meu convite não foi inocente. Ela estava comprometida, mas secretamente confidenciou o desejo de voltar a viver um momento puro de sexo, de sentir uma novidade no seu corpo. Sentir uma inesperada adrenalina. Sexo por sexo.

A sua estadia no Porto estava por horas, mas antes de regressar a Portalegre existia um ponto de paragem que se tornou obrigatório, a minha casa, num prédio recuperado na zona histórica do Porto, lindo e cheio de história. Eu aguardei ansiosamente a sua chegada e o meu coração quase explodiu quando a Maria tocou à campainha. Ela surgiu à minha porta, com um vestido negro, onde eram visíveis as ligas nas suas pernas. Sedutora. 

A porta abriu-se e ela passou a mão no meu rosto, e sentiu a minha barba de dois dias. Os sorrisos foram tímidos, mas denotavam sedução. Guardei o seu casaco e a sua mala, e mostrei-lhe a mesa na varanda, preparada para o nosso lanche, com vista para o Douro. Os scones estavam quentes. A nossa conversa parecia infinita confessando desejos do passado. Os meus olhos pararam muitas vezes no anel que ela tinha no dedo. Trocamos um meigo e carinhoso abraço. Senti-a frágil… e senti o seu coração a bater forte no meu peito.

Ela estava noiva, mas quis entregar-se. Beijei-lhe o pescoço demoradamente. Ela derreteu-se. Passado tanto tempo, realizei um desejo antigo ao sentir o delicioso sabor dos seus lábios. Ela continuava rendida à força masculina dos meus braços, enquanto as duas línguas se tocavam. Um momento demorado de partilha difícil de descrever. As minhas mãos tiram-lhe o vestido, comprovando a sensualidade do seu corpo feminino, numa lingerie negra. 

Deliciei-me com aquela imagem. Acariciei-a, tocando-lhe na sua pele e sentindo o seu arrepio. Ela queria as minhas mãos no seu corpo. Ela estava rendida, e antes que a Maria tivesse tempo de pensar ou desistir daquela loucura, eu senti a sua intimidade, e de uma forma vigorosa entrei dentro do seu corpo. Foi perfeita a sensação de sentir-me dentro dela. Ela era incrivelmente tenra.

Ela entregou-se de uma forma indescritível, e eu adoro mulheres que se entreguem assim… foi explosivo! Nós saciamos um desejo antigo, uma fantasia secreta, que se transformou num prazer único. Ela apertou-me no seu interior, e eu não queria sair, preenchendo-a por completo. Permaneci profundamente no seu corpo.

Acho que acabamos por perder a noção do tempo e da loucura, e o nosso prazer não se esgotava. Eu não conseguia sair de dentro dela. Fiquei com inveja do homem que ia casar com ela… Quando ficamos totalmente rendidos e exaustos, decidimos que seria melhor tentar esquecer tudo o que tinha acabado de acontecer, mas certamente esta seria uma promessa impossível de realizar…

Foto: Autor desconhecido

domingo, 17 de junho de 2018

* Tantricamente Perfeito


Todos nós temos uma imagem imaginária da pessoa perfeita, do rosto ideal e do corpo que imaginamos, e eu incrivelmente consegui encontrar essa pessoa, num concerto, em Lisboa.


Estava exactamente ao meu lado, pele muito branca, cabelo negro, olhos escuros, peito pequeno e vestida de preto. Com aquela mulher ao meu lado, eu não consegui estar concentrado no espectáculo, e estava sempre a olhar para o lado.

Tanto olhei, que consegui meter conversa com ela. Chamava-se Ana, era mais nova do que eu três anos, e tinha vindo sozinha do Porto, de comboio, para assistir a este concerto. Ela tinha uma voz meiga, e um sorriso constante no rosto. Eu pouco sabia dela, mas eu queria conhece-la. Era discreta na multidão, mas com um brilho ofuscante para o meu olhar.

No final do concerto, fiz questão de acompanha-la até à Gare do Oriente, e esperar pela chegada do comboio. Trocamos número de telefone, e assim que o comboio arrancou em direcção ao Norte, eu liguei-lhe, e a minha voz fez-lhe companhia durante toda a viagem. 

Eu estava perdido, enlouquecido, desvairado por ela. Eu estava a sentir o verdadeiro poder da atracção, e a viver um amor à primeira vista.

Durante aquela semana, continuamos as nossas conversas, trocamos fotos, como se fossemos grandes amigos, a afinidade entre os dois era total, e no fim-de-semana seguinte, eu tinha de estar novamente com ela, e viajei até à cidade do Porto.

Foi um fim-de-semana perfeito. Demos o primeiro beijo no topo da Torre dos Clérigos, vimos o por do Sol no Castelo do Queijo, e passamos uma noite deliciosa num hotel requintado, na zona da Ribeira. O céu estava lindo, e o brilho das estrelas adivinhava uma noite de sábado inesquecível...

No quarto daquele hotel, a Ana revelou-se de uma forma incrível, pois com a sua lingerie negra que fazia um delicioso contraste com a sua pele muito branquinha, ela ditou as suas regras, tudo tinha de ser demorado, lento e incrivelmente intenso. 

Para ela, uma ejaculação era um desperdício de energia, por isso eu tinha de controlar-me, e tentar adia-la ao máximo. Nós os dois começamos com uma fase de adoração mutua dos nossos corpos, com toque, carinho, ternura e sedução.

A primeira vez que entrei no seu corpo, foi de uma forma controlada, não entrando mais de dois centímetros. Esta sensação de pequena penetração prolongou-se por vários minutos. Foi difícil controlar, pois eu tinha um forte desejo de meter tudo dentro de si. 

Eu queria encaixar-me dentro dela. Mas este foi apenas o primeiro passo, pois logo de seguida iniciamos todas as posições inscritas nos manuais de sexo tântrico.

Ela sabia perfeitamente o que fazia, mas eu estava louco, e quase sem capacidades para resistir aquela tortura. Como é que um homem consegue aguentar três horas de tesão, sedução e erotismo, sem atingir um orgasmo? 

O que é verdade é que aguentei, de uma forma quase impossível, acabando por atingir um hiperorgasmo, provavelmente o mais forte momento de prazer da minha vida. Foi incrivelmente intenso e delicioso.

Foi uma noite sem dormir, porque depois de tudo o que aconteceu, o carinho mútuo prolongou-se até nascer o sol. A Ana era tudo o que eu queria para mim, tinha tudo de bom, tudo o que eu sempre sonhei, e proporcionou-me um prazer inesquecível.

Fiquei doido, descontrolado e irracional. Pela primeira vez senti-me totalmente dominado por uma mulher, e eu estava pronto a mudar a minha vida… bastava ela pedir na sua pronúncia do Norte… eu pela primeira vez estava disposto a fazer tudo por uma mulher…

Foto: Peter M. Fishe (Corbis.com)

domingo, 10 de junho de 2018

* Cinderela Militar


Alfama estava ao rubro naquela noite quente de Santo António. No ar pairava o cheiro a sardinhas e manjericos, misturada com a tradicional musica popular. Foi no meio daquela multidão que circulava e dançava pelas ruas daquele bairro típico de Lisboa, que me cruzei com a Margarida.


No meio de tanta gente e naquela euforia, que acabamos sempre por trocar dois passo de dança com uma desconhecida, no entanto a Margarida tinha uma atitude especial, uma personalidade forte, parecia uma mulher de armas. Foi ficando sempre como minha companheira de dança. 

Dançamos incrivelmente ao som de Quim Barreiros e de Emanuel. Estávamos radiantes a viver aquela típica noite lisboeta. Criamos uma estranha afinidade que decidimos aproveitar, com um tímido e simples tocar de lábios. Foi um beijo simples mas especial.

No entanto, à meia noite quando tocou o sino de uma igreja ali próxima, ela olhou para mim e disse: “-Meia noite? Tenho de me ir embora… Adeus…” Eu em tom de brincadeira perguntei-lhe:”- Embora porquê? A tua coche vai se transformar novamente numa abóbora? Lol”… Ela sorriu, mas nem me respondeu e começou a correr pela rua abaixo, deixando cair a pulseira que trazia no seu braço. 

Impulsivamente, agarrei aquela pulseira e corri atrás daquela jovem, sem nunca a consegui alcançar. Ela era rápida, no entanto consegui sempre controla-la à distancia e reparei que ela entrou num navio da marinha portuguesa que se encontrava estacionado entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco.

Irreflectidamente entrei dentro daquele barco para a tentar encontrar, e logo à entrada quando ela me viu disse-me: “-És louco? Que fazes aqui? Ninguem te pode ver aqui senão vamos ter problemas…” e abriu uma porta de um pequeno compartimento e disse que eu não poderia sair dali até novas ordens, senão eu poderia estar tramado por invadir um navio militar. E ali fiquei fechado, totalmente às escuro, num espaço muito pequeno, e onde apenas conseguia ouvir as conversas de quem passava no corredor do navio.

Passado algum tempo, deixei de ouvir qualquer tipo de barulho e o navio ficou em silencio. Foi ai, que alguém abriu a porta daquele pequeno compartimento, e eu um pouco assustado perguntei: “-quem és?” Apenas ouvi: “xiuuuuuuu”. Fiquei ainda mais nervoso quando senti umas mão a tocarem-me no corpo. Eu não conseguia ver nada, era como se estivesse vendado. Quem estaria ali? A Margarida? Outra mulher? Ou seria um homem? Um marinheiro gay?

Passei com a mão no rosto e senti uma pele suave e sussurrei: ”-És tu, não és Margarida? A minha Cinderela?” Mas mais uma vez apenas ouvi de resposta um “xiuuuuuuu….” Mas eu não tive duvidas, quando meu meu dedo sentiu um pequeno sinal que ela tinha no rosto, junto do nariz. 

E foi naquela escuridão total que começamos a cometer um grave crime militar. Foi um crime sem imagem, e com muito pouco som, o som da troca de prazer, do entrar e sair de dentro de um corpo feminino, que fervia de vontade de me sentir lá dentro. O doce ruido da intensa troca de fluidos entre dois corpos excitados. 

Ela com o rabo bem empinado na minha direcção, e eu com as minhas mãos na sua anca, originavam a minha penetração no mundo militar, e que incrivel e perfeita penetração. Sempre que senti a sua respiração mais descontrolada ou ofegante, correndo o risco de sermos ouvidos, eu parava, deixado sempre aquele corpo completamente preenchido.

Ouvir aquela mistura de pequenos ruídos bem ritmados, misturado com todas as sensações de um ambiente húmido mas quente que sentíamos na pele, foi a chave daquele escuro prazer. Debaixo do mais intenso sigilo militar, entreguei-lhe o meu secreto tesouro bem dentro do seu corpo, para ela o poder guardar dentro de si religiosamente. Foi perfeito, excitante e maravilhoso, ficar a conhecer desta forma todos os encantos da Marinha Portuguesa. 

A Margarida foi uma incrível anfintriã, que soube guardar na perfeição tudo dentro de si. Eu fiquei com vontade de mais, de a conhecer melhor e de voltar a saborear e sentir aquele corpo. 

Este primeiro contacto abriu-me o apetite para muito mais, mas agora tínhamos um grave problema para resolver. Como é que eu ia conseguir sair daquele navio sem ser visto?

Foto: _ (Corbis.com)

terça-feira, 5 de junho de 2018

* À Porta dos Exames


O curso estava quase a terminar, mas os trabalhos finais estavam a deixar-nos loucos. Eu e o Luís não pensávamos noutra coisa, estudar. A irmã do Luís, a Leonor, muitas vezes juntava-se a nós no estudo, mas ela tinha um objectivo diferente, queria ser médica, e aproveitava o nosso ritmo de estudo universitário para conseguir realizar o seu sonho. Só lhe faltavam os exames finais do 12º ano. Estávamos todos à porta dos exames...



Eu e o Luís queríamos sair da Faculdade, e a Leonor queria entrar. O irmão não tinha grande paciência para dar explicações à Leonor, e sempre que ela tinha alguma dúvida em Matemática, ela perguntava-me, e eu tinha muito gosto em ajudar. Eu dei-lhe o meu número de telemóvel, e deixei-a à vontade para ela me ligar, sempre que tivesse duvidas.

Ela, sentido a pressão da proximidade da data dos exames, começou a ligar-me todos os dias à noite, para fazer um resumo do que tinha estudado. Ela tinha uma voz doce e meiga, e dizia-me vezes sem conta, que adorava ouvir a minha voz sexy. Eu achava graça aquela observação.

Muitas vezes durante estas conversas nocturnas, eu sentia a respiração da Leonor mais acelerada, muitas vezes interrompida com pequenos suspiros. Eu perguntava-lhe sempre o que se estava a passar e ela respondia-me sempre: “é efeito da tua voz sexy…”. Eu desconfiava seriamente o que ela poderia estar a fazer. Mas enquanto falávamos de matemática? Seria possível?

No dia antes do nosso exame final, passei o dia todo em casa do Luís, os dois trancados no quarto dele. Os pais dele estava no norte e a Leonor não estava em casa. Perto das 22h, ele saiu para ir à casa da namorada e eu fiquei sozinho a fazer provavelmente os últimos exercícios. Estranhamente o meu telemóvel tocou, e o número era… o número da casa do Luís, era a Leonor.

Ela pensava que estava sozinha em casa, até porque eu estava em silêncio no quarto do irmão. Eu não desvendei que estava, apenas com uma parede a separar-nos. Mais uma vez, depois de algumas dúvidas de matemática, a sua voz voltou a ficar ofegante, com os constantes e habituais suspiros… Não resisti, e avancei até ao quarto dela. Porta simplesmente encostada, ela estava deitada na sua cama como o telefone no ouvido.

Para não ser descoberto, disse-lhe que tinha de falar muito baixinho. O quarto dela tinha as paredes pintadas de cor-de-rosa, alguns bonecos pelo chão e uns cortinados coloridos. Talvez um quarto demasiado infantil para uma rapariga crescida e pronta a estudar medicina. O facto de estar a falar muito baixo quase a sussurrar fez a Leonor dizer: “a tua voz assim ainda é mais sexy…

Os meus olhos olharam com atenção para o corpo dela, e se uma mão segurava o telefone, a outra estava dentro da sua roupa, a tocar exactamente no sítio que eu imaginava. Decidi ser ousado: “eu sei o significado dessa respiração, desses suspiros fortes e quentes, e queria ser eu a entrar dentro de ti, queria preencher o teu corpo, completar-te… Queria sentir o calor da tua mão, o sabor húmido do teu dedo. Queria estar contigo e poder oferecer-te tudo… tudo o que tu desejasses… queria oferecer-te o meu corpo de homem para tu brincares e abusares… e acredita que substituía esse teu pequeno dedo, de uma forma intensa e com muita qualidade

A Leonor não me respondia, nem dizia uma única palavra, mas tinha uma respiração cada vez mais sôfrega, e entre aquela porta, eu conseguia ver o movimento do braço dentro da sua roupa cada vez mais intenso: ”Imagina tudo o que te poderia oferecer… adorava ver o prazer espelhado nos teus olhos” e foi neste momento que a Leonor decidiu falar:”adorava ter-te aqui, queria sentir-te dentro de mim, bem fundo, queria me sentir penetrada por ti. Eu queria que tu fosses o homem mais velho que eu nunca senti, que me ensinasses a sentir prazer de verdade, como uma verdadeira mulher adulto, que pensa em sexo, que sonha com sexo e que deseja sexo a toda a hora” 

Foi nesse momento, que abri a porta do quarto, e apareci à sua frente...

Foto: Kathrin Ziegler (Cor

sexta-feira, 1 de junho de 2018

* Queima das Fitas


Passei quatro anos maravilhosos em Coimbra. Faculdade, amigos, diversão, álcool, festas. Durante os quatro anos sempre dividi o quarto com o Silvestre, estudante de medicina, e natural de uma aldeia perto de Guimarães. Ficamos grandes amigos e cúmplices. O Silvestre tinha uma namorada que sempre me atraiu, a Andreia, baixa, morena, bonita, cabelo escuro cumprido, olhos negros.


Aquela mulher deixava-me fora de mim e o Silvestre sabia disso. Mas o reverso da medalha também acontecia, ele admirava muito a Lúcia, a minha cara-metade. A nossa amizade era tão próxima, que não sentíamos vergonha em confessar estes pormenores um ao outro.

Uma determinada noite de Maio, seguimos os quatro para o Parque da Canção, devidamente fardados, para mais uma confraternização académica, durante a celebração da Queima das Fitas de Coimbra. Muita animação, musica, álcool, amigos. O verdadeiro espírito académico. Ao final da noite, depois de já correr muito álcool nas nossas veias, voltamos os quatro para nossa casa, abrimos duas garrafas de champanhe para comemorar a conclusão do nosso curso.

Eu disse que ia tomar um banho rápido, e sob o efeito do álcool despi-me em frente de todos. Eles começaram-se todos a rir, também se despiram e acabamos por ir os quatro para a banheira. 

As duas meninas decidiram não tirar toda a roupa, mas seguiram para dentro da banheira apenas em lingerie. Ficamos a saborear a água quente que corria e o sabor do Champanhe. Quando saímos da casa de banho, acabamos por ir todos para o quarto, que tinha as duas camas, onde normalmente dormíamos.

A Andreia e a Lúcia, com a lingerie molhada, bem colada ao corpo, olharam uma para a outra, com um olhar cúmplice, e foram até ao canto do quarto trocar segredos. Quando regressaram dirigiram-se às camas erradas. A minha namorada foi para os braços do Silvestre e eu ia saborear um desejo secreto, a Andreia. Foram elas que combinaram aquilo? Seria um desejo secreto delas?

A Andreia era bonita e tinha um peito pequeno e perfeito. Lambi todo o seu corpo, completamente depilado. Eu adorava o seu perfume, e a sua pele estava repleta daquele cheiro. Ver aquele corpo nu, na minha cama, à minha mercê e totalmente excitada para mim, foi uma sensação indescritível. Eu estava disposto a tudo.

Ela queria dominar. Era ela que ditava as regras. Na cama ao lado, a minha namorada fazia exactamente o mesmo que a Andreia me fazia a mim. Parecia sexo sincronizado. Parecia que elas tinham estudado e combinado aquele momento. 

Se eu estava em êxtase por estar dentro daquela mulher, estava também a adorar ver a minha namorada preenchida pelo meu melhor amigo. Parecia outra mulher, estava com um comportamento totalmente diferente. Mexia-se de outra maneira, mas conseguia-se perceber na sua expressão facial que estava a aproveitar cada milímetro do Silvestre. Tudo me excitava. Estar a desfrutar a Andreia e ver a Lúcia ser ferozmente devorada pelo meu companheiro universitário.

Nunca me tinha sentido tão duro na minha vida, e foi sem dúvida um fantástico momento de prazer, talvez o mais excitante que alguma vez vivi. Foi perfeitamente deliciosa a sensação de estar dentro do corpo da namorada do meu melhor amigo. 

Acabamos os quatro na mesma cama, elas duas deitadas lado-a-lado de barriga de para cima, com as pernas afastadas, com os seus lábios a tocarem-se lesbicamente, e nós, impiedosos num rápido movimento de entrada e saída de dentro do seu corpo. A força do álcool e o poder do desejo, deram origem a quatro orgasmos extremamente sonoros, que certamente acordou os vizinhos.

Na manhã seguinte quando acordamos, os casais já estavam novamente certos, acordei com a Lúcia ao meu lado, com o seu corpo transpirado e melado, bem colado no meu… O que terá acontecido na noite passada? Terá sido realidade ou apenas um sonho?

Foto: Chev Wilkinson (Corbis.com)